Benfica SAD informa mercado que administradores foram constituídos arguidos

Objectivo deverá passar por evitar possíveis prescrições de processos com o dos e-mails e dos vouchers, já que muitas destas investigações decorrem há vários anos.

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Estádio da Luz, Lisboa Reuters/PEDRO NUNES

A Benfica SAD informou nesta segunda-feira o mercado que a sociedade e membros do Conselho de Administração do mandato 2016-2020 ainda em funções foram constituídos arguidos, em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Dois dias depois de o clube ter confirmado que a sociedade desportiva tinha "sido constituída arguida no passado dia 3 de Janeiro, assim como, por inerência e entre outros, os membros do Conselho de Administração no mandato 2016 a 2020 e que se encontram actualmente em funções", a SAD "encarnada" dá conta desta situação à CMVM.

"A Benfica SAD vem confirmar que, tendo em conta as notícias vindas a público no dia 7 de Janeiro de 2023, a sociedade, assim como, por inerência e entre outros, membros que integraram o seu Conselho de Administração no mandato 2016 a 2020 e se encontram actualmente em funções foram constituídos arguidos no âmbito de um processo que está em segredo de justiça", lê-se no comunicado divulgado.

Na sexta-feira, o Diário de Notícias avançou que, "em causa, supostamente, estará um processo em que se investigam os crimes emergentes dos e-mails pirateados ao Benfica e onde foram juntos outros processos, como o dos 'vouchers' e o 'mala ciao'".

De acordo com o DN, os arguidos serão Rui Costa, actual presidente do clube, Domingos Soares Oliveira, Luís Filipe Vieira, José Eduardo Moniz e Nuno Gaioso Ribeiro, todos eles administradores, ou ex-administradores, da sociedade benfiquista.

O jornal acrescentava que o objectivo deve ser evitar possíveis prescrições, pois muitas destas investigações decorrem há vários anos, revelando que "ninguém foi sujeito a qualquer interrogatório".

"A Benfica SAD manifestou a sua total disponibilidade e abertura para colaborar com as entidades competentes como sempre aconteceu até aqui", concluiu o comunicado enviado à CMVM.