Não chega o Twitter. Carla Castro quer a IL a fazer campanha porta a porta

A candidata a líder quer fazer da IL “um partido de governo” ou capaz de “influenciar” o governo.

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Carla Castro é candidata a líder da Iniciativa Liberal Nuno Ferreira Santos
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Carla Castro, candidata a líder da Iniciativa Liberal (IL), quer transformar o “partido urbano e jovem” numa formação política transversal a todo o território. É a principal mensagem da moção de estratégia que a candidata apresentou este sábado, na qual insiste na ideia de que a IL do futuro tem de ser “um partido de governo” ou, pelo menos, “influenciar o governo”.

As mudanças internas que Carla Castro propõe passam por “valorizar a acção local, num processo consistente de robustecimento interno para crescimento externo”. Defende que “o que pode ser decidido e efectuado em proximidade não o será feito de forma autocrática e centralizada”. Aqui nota-se a crítica à direcção actual do partido.

De resto, Carla Castro, apesar de defender o legado do “partido que comunica melhor através das redes sociais”, considera que o partido para crescer tem de ir mais longe. Ou seja, juntar à presença nas redes os meios de comunicação tradicionais regionais. A candidata quer “uma comunicação capaz de fazer rir o jovem urbano, mas também capaz de ajudar a dar esperança a todos os segmentos e localizações da nossa população, no continente e nas regiões autónomas, no interior e litoral. Uma comunicação capaz de gerar bons posts no Twitter, mas também capas na imprensa local e regional.”

É um ponto onde a candidata insiste bastante, defendendo que a Iniciativa Liberal regresse ao velho “porta-a-porta”, que era a fórmula tradicional de se fazerem campanhas no século XX. Na moção, fica explícito que Carla Castro quer “uma presença forte nas redes sociais, mas também no porta-a-porta”: “Temos de chegar de igual forma às televisões generalistas como à rádio local ou ao grupo de Facebook da nossa rua.”

Na mesma linha, defende “aumentar a presença nos meios de comunicação social de grande divulgação”, mas com ressalvas. Carla Castro diz que “este aumento da presença mediática deve ser sempre resultado do mérito, do reconhecimento das nossas acções”, recusando “populismos fáceis e ilusórios, que comprometem a consistência e resiliência do nosso projecto”. Copiar o Chega não é via.

E Carla Castro quer ser líder porquê? “A minha motivação para esta candidatura é forte: contribuir para um país mais próspero com políticas liberais, onde cada um de nós pode exercer os seus projectos individuais, ser quem quiser ser, num país com igualdade de oportunidades, tolerante e humanista face a cada um de nós.”

A candidata quer “contribuir para o robustecimento de um partido liberal e defesa de políticas liberais, para um crescimento externo robusto da Iniciativa Liberal no espectro partidário português”. “Temos de voltar a acreditar que com o trabalho é possível subir na vida e deixar aos filhos um país melhor do que o que encontrámos”, acrescenta.

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Carla Castro é candidata a líder da Iniciativa Liberal Nuno Ferreira Santos
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Carla Castro é candidata a líder da Iniciativa Liberal Nuno Ferreira Santos

A mensagem principal de Carla Castro é “chegar a novo eleitorado” para que a IL “tenha aspirações de governo”. Para tal, tenciona ter uma comissão executiva em que cada um dos membros será responsável por uma área concreta de trabalho.

No plano dos valores, Carla Castro segue os que são matriciais do partido: “O Estado central multiplica as suas esferas de actuação, mas com eficácia reduzida, não aproveitando devidamente as oportunidades oferecidas pelo sector privado e pelo sector social.”

A moção da candidata sustenta que o partido quer “um Estado forte onde é necessário, em particular nas suas funções de soberania e de regulação e que potencie a igualdade de oportunidades”. Quanto ao resto, menos Estado: “Queremos que o Estado não se intrometa onde não acrescenta valor, que não complique, nem fustigue transversalmente cidadãos e empresas, desde a carga fiscal à desnecessária complexidade burocrática.”

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