Uma revolução chamada Virginia Woolf
Cartas, ensaios e cartas de amor, ou como três volumes de dispersos ajudam a perceber uma transgressão cujo feitiço permanece. Com eles vai-se à essência de Virginia Woolf.
O estado do tempo sempre foi um grande desbloqueador de silêncios. Virginia Woolf sabia disso e não apenas usava a técnica como a aconselhava enquanto ferramenta literária e auxiliar precioso no processo de sedução que desejavelmente — achava ela — se deveria estabelecer entre autor e leitor. Uma relação onde o autor, de um romance, ensaio ou missiva, desempenha o papel de anfitrião. Mas que a conversa nunca se fique pelo tempo, advertia Woolf num dos mais acutilantes ensaios sobre a chamada arte do romance ou da ficção, e que o anfitrião não seja alguém que simplesmente acomode os outros e se apague.
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