Os estudantes da Universidade de Manchester estão a convocar uma greve: não pagar a renda durante o mês de Janeiro. O aumento exponencial do custo de vida, e especificamente da renda, é o motivo da convocatória que incentiva os alunos a não pagarem a renda da residência da universidade inglesa.
“A renda nas residências tem vindo a aumentar todos os anos e, durante uma crise relacionada com o custo de vida, muitos estudantes estão a ter dificuldades financeiras. Exigimos rendas justas para ajudar os estudantes”, lê-se na convocatória.
Os estudantes propõem o cancelamento do débito directo até 19 de Janeiro, impedindo assim que o valor da renda desse mês lhes seja debitado.
E esta não é a primeira vez que os estudantes desta universidade protestam por causa das rendas. Em 2020, e por causa das restrições relacionadas com a covid-19, a instituição concordou com um corte de 30% na renda do primeiro semestre, como compensação pela “disponibilidade limitada de algumas instalações, que tiveram impacto na experiência dos estudantes”.
Esta decisão foi tomada no seguimento de um protesto que levou os estudantes a deitarem abaixo vedações que tinham sido erguidas no exterior das residências — mas que, inicialmente, começou pelo não pagamento da renda.
Os alunos exigem uma redução de 30% para todos os alunos que habitam nas residências durante o resto do ano lectivo e ainda um reembolso de 30% da primeira prestação, paga em Outubro.
A convocatória é dirigida essencialmente aos alunos do primeiro ano, uma vez que são eles quem mais arrenda quartos na residência, sendo que os mais velhos tendem a arrendar habitação fora da universidade.