Detenção do filho de “El Chapo” gera onda de violência no México

Ovidio Guzman foi detido na madrugada desta quinta-feira no estado mexicano de Sinaloa.

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Rusga das forças armadas gerou violência na cidade de Culiacán Reuters/STRINGER
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Rusga das forças armadas gerou violência na cidade de Culiacán Reuters/STRINGER
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Rusga das forças armadas gerou violência na cidade de Culiacán EPA/Juan Carlos Cruz
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Rusga das forças armadas gerou violência na cidade de Culiacán Reuters/STRINGER

Depois de uma tentativa falhada em 2019, a polícia mexicana voltou a pôr na mira o cartel de Sinaloa e conseguiu, na madrugada desta quinta-feira, deter Ovidio Guzman, filho do narcotraficante mexicano Joaquín "El Chapo" Guzman​. A detenção foi confirmada pelo ministro da Defesa do país, Luis Cresencio Sandoval, em conferência de imprensa.

O filho de "El Chapo" é alegadamente um dos líderes de um dos maiores cartéis de droga do mundo, o Sinaloa, sediado no estado mexicano homónimo, na costa Oeste do país. Ao lado de Ovidio, dois outros filhos de Joaquín Guzman, que cumpre pena de prisão perpétua nos Estados Unidos, também herdaram os negócios do pai e dirigem o cartel fundado por "El Chapo" em 1987.

De acordo com o autarca da cidade de Culiacán (capital do estado de Sinaloa), as forças armadas realizaram uma rusga na madrugada desta quinta-feira, originando uma onda de violência na cidade, com relatos de tiroteios, veículos incendiados e roubos de automóveis, em confrontos entre a polícia e os homens do cartel.

Pelas 7h locais, o presidente da câmara municipal apelou no Twitter à população para não sair de casa até ordem em contrário, "devido aos bloqueios em várias zonas da cidade". Também os trabalhadores dos serviços municipais foram dispensados de trabalhar durante esta quinta-feira, e foram encerradas as escolas e o aeroporto.

Ovidio Guzman já tinha sido detido em 2019, mas acabou por ser libertado, depois de confrontos violentos entre a Guarda Nacional e o cartel de droga. É acusado de traficar e produzir droga, estimando-se que chegue a produzir duas toneladas de metanfetaminas por mês.

O pai, Joaquín Guzmán Loera, foi condenado em Julho de 2019, nos Estados Unidos, a prisão perpétua e mais 30 anos, além de ter de pagar indemnizações no valor de 12,6 mil milhões de dólares. Descrito pela acusação norte-americana como "o maior criminoso do século XXI", foi declarado culpado de todos os crimes de que estava acusado.

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