Aleksandr Sokurov e o crepúsculo dos deuses

Insular e experimental, o “novo Sokurov” é uma fantasia surreal criada em computador a partir de imagens de arquivo — pode confundir mas não se parece com mais nada.

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Para o mal e para o bem, não há mais ninguém a fazer filmes como Aleksandr Sokurov
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Para o mal e para o bem, não há mais ninguém a fazer filmes como Aleksandr Sokurov
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Para o mal e para o bem, não há mais ninguém a fazer filmes como Aleksandr Sokurov

H. R. Giger, Terry Gilliam, Aleksandr Sokurov. O que é que estes artistas têm em comum? Nada, em boa verdade, a não ser que este Fairytale que agora cá se estreia parece ser o resultado de uma longa e surreal noite de farra a três entre o falecido ilustrador suíço, o animador americano naturalizado britânico e o cineasta russo. O barroquismo grotesco de que esta peculiar “obra pandémica” de Sokurov enferma deve muito às técnicas de animação corta-e-cola de Gilliam e às criações biomecânicas esmagadoras de Giger, embora o que se jogue em Fairytale seja coisa de outro nível: um filme inteiramente construído em computador, recorrendo a imagens de arquivos e técnicas de animação digital, manipulando registos de Churchill, Estaline, Hitler e Mussolini para os colocar num purgatório onírico e brutalista (ou será um inferno disfarçado?), passando o tempo juntos com Jesus Cristo à espera que Deus os admita no céu.

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