Já são 60 os governantes no executivo de Costa
Contando com o primeiro-ministro, o Governo terá mais quatro membros do que quando tomou posse, em Março de 2022.
O terceiro Governo de António Costa arrancou funções com o selo de mais curto e ágil, mas as remodelações feitas até agora já engordaram a equipa. Após a posse desta tarde serão 60 os membros do executivo, contando com o primeiro-ministro, mais quatro do que em Março, quando inaugurou a maioria absoluta.
A contribuir para este acréscimo estão a criação de um ministério e de três novas secretarias de Estado.
Depois da tomada de posse, que teve lugar pelas 18h desta quarta-feira, o Governo passou a contar com o novo Ministério da Habitação, tutelado por Marina Gonçalves, e uma nova secretaria de Estado no Ambiente, que resulta do facto de Costa ter decidido partir em duas a até agora Secretaria de Estado do Ambiente e da Energia – liderada por João Galamba, que sobe a ministro das Infra-Estruturas –, e que passará a ser Secretaria de Estado do Ambiente e Secretaria de Estado da Energia e Clima.
Nesta remodelação, Costa acrescenta assim dois membros à equipa. Mas no início de Dezembro, o chefe do executivo já tinha desdobrado uma secretaria de Estado no Ministério das Finanças, ao separar as Finanças do Tesouro. A primeira ficou com João Nuno Mendes e a segunda com a Alexandra Reis, a governante cuja polémica indemnização que recebeu da TAP no início do ano desencadeou esta remodelação.
Antes, em Setembro, o chefe do executivo tinha recuperado a figura de secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, corrigindo assim a orgânica inicial – um cargo que começou por ser ocupado por Miguel Alves, que já foi entretanto substituído por António Mendonça Mendes.
As reformulações na equipa de António Costa têm estado debaixo dos holofotes dos actores e observadores políticos. As questões ligadas à orgânica fizeram, aliás, parte da mensagem de Ano Novo do Presidente da República, que sublinhou a estabilidade política que uma maioria absoluta dá a um governo.
E apelou a que esta estabilidade seja preservada pelo próprio executivo: “Estabilidade que só ele – ele Governo – e a sua maioria podem enfraquecer ou esvaziar, ou por erros de orgânica, ou por descoordenação, ou por fragmentação interna, ou por inacção, ou por falta de transparência, ou por descolagem da realidade.”
Com estas alterações, e comparando com o tamanho que os governos anteriores tinham aquando da sua formação inicial, este executivo de Costa passa a ser o segundo maior dos que já teve. Em 2015, o primeiro Governo de Costa arrancou com 59 membros e o segundo, em 2019, iniciou funções com 70 membros.
Pedro Passos Coelho, antecessor de António Costa, teve um governo com 50 pessoas, incluindo o próprio.