UE recomenda aos Estados-membros que exijam teste negativo a quem chega da China
Passageiros que cheguem ou viajam para a China devem usar máscaras médicas. OMS está a “avaliar o risco” de uma nova subvariante da Ómicron que já representa cerca 40% dos casos de covid nos EUA.
Os 27 Estados-membros da União Europeia concordaram esta quarta-feira em “encorajar fortemente” que seja adoptada a medida de exigir a todos os viajantes que chegam da China, chineses ou não, a apresentação de um teste negativo de covid-19 com menos de 48 horas, adianta a Euronews.
A decisão não é obrigatória, mas uma recomendação do Mecanismo Integrado de Resposta Política a Situações de Crise, que apoia o processo de tomada de decisão da UE e lhe permite tomar decisões rápidas.
Perante o fim da política chinesa de exigir quarentena a todos os que entram no país a partir do dia 8, o número de viajantes vai aumentar substancialmente e como as infecções estão em alta na China depois do fim da política de “covid zero”, muitos países já começaram a adoptar medidas restritivas para os viajantes que cheguem da China.
Os 27 também acordaram que os passageiros de voos da e para China devem usar máscaras médicas, além de outras medidas de higiene adoptadas pelas autoridades de cada Estado-membro.
Segundo um comunicado divulgado pela presidência sueca do Conselho da UE, o Mecanismo Integrado também recomendou que sejam feitos “testes aleatórios” aos passageiros que cheguem da China, além de analisar a água dos aviões para descobrir possíveis novas variantes perigosas do SARS-CoV-2.
Por seu lado, o director-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse esta quarta-feira em videoconferência de imprensa que a organização "está a acompanhar de perto e a avaliar o risco" de uma nova subvariante da Ómicron do SARS-CoV-2. que "se propaga rapidamente", e "informará de acordo" com os novos dados que forem obtidos.
A subvariante XBB.1.5 resulta de uma recombinação de duas sublinhagens BA.2 e já foi detectada em 29 países. Nos Estados Unidos já representa cerca de 40% dos casos de covid-19. Segundo o Centro de Prevenção e Controlo de Doenças dos EUA, esta subvariante "pode ser mais transmissível", embora se desconheça ainda se terá efeitos "mais graves".
A líder técnica da OMS na resposta à covid-19, Maria Van Kerkhove, disse na videoconferência de imprensa, citada pela agência AFP, que a XBB.1.5 "é a subvariante mais transmissível detectada até agora".