Inter tira invencibilidade ao Nápoles e Leão mantém tradição de Ano Novo

Líder da Série A italiana vê vantagem reduzida a cinco pontos. Avançado luso do AC Milan abre caminho a triunfo dos “rossoneri”.

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Osimhen não marcou e o Nápoles caiu em Milão Reuters/ALBERTO LINGRIA

Em Itália, a Série A voltou, esta quarta-feira, após mês e meio de interregno, e fê-lo em grande estilo, registando a primeira derrota do líder destacado Nápoles (1-0) frente ao Inter de Milão.

Feito aproveitado pelo vizinho e vice-líder AC Milan, muito por culpa do português Rafael Leão, a reforçar a tradição de começar um novo ano com um golo. Deixemos, por isso, a questão da liderança para mais tarde.

Autor do último golo de Portugal no Qatar 2022, na goleada (6-1) frente à Suíça, Rafael Leão entrou em 2023 a marcar no primeiro jogo do ano pela terceira época consecutiva. Na deslocação a Salerno, Rafael Leão inaugurou o marcador aos 10 minutos, num contributo importante para o triunfo por 1-2 frente ao Salernitana, 15.º da geral.

Mas Leão até podia ter sido feliz mais cedo, já que quatro minutos antes vira o calcanhar do guardião mexicano Guillermo Ochoa desviar um remate com selo de golo.

O português esteve imparável, como na arrancada de que resultou o segundo golo dos “rossoneri”, numa insistência finalizada por Tonali, o homem que convidara Leão a confirmar a queda para marcar no primeiro jogo do ano pelos milaneses. Um costume com três anos, mas que poderia até ir já na sua quarta edição consecutiva.

É que no ano de estreia em “San Siro”, a inspiração de Rafael Leão não chegou para evitar o nulo imposto pela Sampdoria, precisamente no jogo de regresso de Zlatan Ibrahimovic ao AC Milan. Então, numa fase menos produtiva dos “rossoneri”, Leão e Zlatan foram a jogo com pouco mais de meia hora para tentarem evitar o terceiro jogo em branco dos milaneses.

Não marcou na primeira aparição de 2020, mas facturou na segunda, em Cagliari. Desde então, Rafael Leão marca sempre na viragem de ano. Foi assim em 2021, com o Benevento, num triunfo (0-2) que levou o AC Milan ao comando da Série A, e também em 2022, quando selou o triunfo (3-1) sobre a Roma de José Mourinho.

Agora, Leão voltou a rugir forte e o AC Milan foi em busca do Nápoles, líder destacado que encerrou a 16.ª jornada do campeonato transalpino com uma deslocação ingrata ao Giuseppe Meazza, para medir forças com o Inter de Milão (adversário do FC Porto nos oitavos-de-final da Champions), candidato que arriscava ficar irremediavelmente arredado da liderança caso não superasse a invencível equipa napolitana.

Com Mário Rui no banco, o Nápoles resistiu ao ímpeto do Inter até Dzeko (56’) quebrar a última barreira e assinar o único golo da noite, mantendo o Inter vivo na discussão pelos lugares de pódio com o rival AC Milan (agora a cinco pontos do topo) e com a Juventus.

Com a derrota da Lazio (2-1) em Lecce, numa reviravolta dos locais, e a vitória, em Bolonha, da Roma de Mourinho, por 1-0 (Lorenzo Pellegrini marcou de penálti aos 6 minutos), o pelotão da frente viu a Juventus acompanhar o ritmo do AC Milan, ainda que à custa de um golo tardio de Milik (90+1’) na viagem a Cremona e a Roma chegar-se à frente.

Barcelona treme

Com João Félix ausente, por razões físicas, dos 16 avos-de-final da Taça do Rei, o Atlético Madrid venceu em Oviedo (0-2), seguindo com Sevilha, Mallorca, Real Sociedad e Alavés (eliminou o Valladolid) para a ronda seguinte. Em risco esteve o Barcelona, que precisou de um prolongamento para sobreviver (3-4) ao modesto Intercity (3.º escalão), onde brilhou, com um hat-trick, Oriol Soldevila Puig.

Em Alicante, frente ao 16.º classificado do grupo 2 da primeira divisão da RFEF (terceiro escalão), os catalães confiaram que poderiam passar sem problemas, especialmente depois de Ronald Araújo marcar aos 4 minutos. O empate, perto da hora de jogo, foi corrigido por Dembélé (66'). Mas Oriol Soldevila Puig bisava (74') e obrigava a nova reacção. Raphinha (77') não demorou a repor a vantagem do Barcelona... que Oriol anulou a quatro minutos dos 90, obrigando a um prolongamento onde valeu o golo de Ansu Fati (103') para levar a equipa de Xavi aos "oitavos".

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