Gérard Depardieu: um Maigret imponente
Patrice Leconte fez uma bela adaptação de Maigret, fiel ao espírito dos romances de Georges Simenon e com um Depardieu imponente.
Paira um curioso perfume de Chabrol sobre este regresso do francês Patrice Leconte ao universo do romancista Georges Simenon (que adaptara em 1989 em Monsieur Hire). Um perfume que é evocado, por exemplo, pela presença num importante papel secundário da muito chabroliana Aurore Clément, ou pelo “choque de universos”, entre a alta burguesia e o lumpen-proletariado, que o autor de Violette Nozière ou A Cerimónia tantas vezes explorou em tom policial. Mas também, e sobretudo, pela presença imponente contudo apagada de Gérard Depardieu no papel principal, Depardieu que se encontrara com Chabrol no último filme deste, Bellamy, num encontro justíssimo entre actor e personagem e cineasta.
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