A última erupção do Etna vista do espaço

O Etna é um vulcão irrequieto: depois de um episódio eruptivo no início de 2022, no final do ano voltou a expelir lava. Os satélites permitem ver o caminho que, entretanto, a lava fez.

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O trajecto da lava do vulcão Etna a 20, 23 e 25 de Dezembro de 2022 e, depois, a 2 de Janeiro de 2023 Programa Copérnico

O último episódio eruptivo do vulcão Etna, na Sicília, teve início no final de Novembro, com a formação de nova boca eruptiva a cerca de 2800 metros de altitude. O satélite Sentinela 2, do programa europeu Copérnico, observou lá de cima a viagem que a lava fez desde meados de Dezembro.

Obtidas nos dias 20, 23 e 25 de Dezembro do ano passado e ainda a 2 de Janeiro deste ano, as imagens do Sentinela-2 indicam que a lava do vulcão italiano viajou mais de 1,5 quilómetros desde a nova boca eruptiva. “Esta erupção decorre no flanco leste do vulcão e, por isso, não ameaça as populações locais e as construções”, refere um comunicado relativo à divulgação destas imagens do Etna obtidas no âmbito do Copérnico, programa de observação da Terra da União Europeia.

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O vulcão Etna a 4 de Dezembro de 2022, aqui visto em terra NASA

A 27 de Novembro, segundo informação da NASA, iniciou-se uma pequena erupção no monte Etna – e os sensores dos satélites, como o Sentinela-2 e os Landsat (da NASA), detectaram-na. Situado a mais de três mil metros de altura, o Etna é o vulcão mais activo da Europa. Ainda em Fevereiro de 2022 o Etna tinha estado em erupção.

Ainda assim, o Etna passa temporadas “adormecido”, indo dissipando, durante esses períodos, a sua pressão interior através de fissuras que libertam continuamente água e outros gases, o que reduz o seu risco para as populações.

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