Mau tempo leva a adiar mudança do sistema de Protecção Civil
“A transição para o modelo sub-regional ocorrerá com a estabilização das condições operacionais, o que se estima poder acontecer no início da próxima semana”, adianta a ANEPC.
A Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC) determinou este sábado o adiamento da transição do sistema para o modelo sub-regional, face ao agravamento das condições meteorológicas previsto para a passagem de ano.
A ANEPC determinou, "por precaução", manter "os sistemas operacionais nas salas de operações distritais", face às previsões de um "agravamento das condições meteorológicas, com chuva persistente e vento forte" para a passagem de ano, referiu a autoridade, em nota de imprensa enviada este sábado à agência Lusa.
A mudança do sistema de Protecção Civil estava prevista acontecer em 1 de Janeiro, com o fim dos 18 comandos distritais de operações e socorro (CDOS), que irão dar lugar a 23 comandos sub-regionais.
"A transição para o modelo sub-regional ocorrerá com a estabilização das condições operacionais, o que se estima poder acontecer no início da próxima semana", acrescentou a ANEPC, na mesma nota.
A entidade justifica a decisão face à "elevação do Estado de Alerta Especial do Sistema Integrado de Operações de Protecção e Socorro (SIOPS) para nível laranja para os distritos de Braga, Porto e Viana do Castelo", na sexta-feira.
"A necessidade de adoptar medidas preventivas e de reacção face às condições meteorológicas adversas em grande parte do território continental, designadamente nas regiões do Norte e Centro e em especial no Minho e Douro Litoral, também contribuiu para a tomada dessa decisão", realçou.
O fim dos 18 CDOS e a criação de 23 comandos sub-regionais de emergência e protecção civil estavam previstos na lei orgânica da Autoridade Nacional de Emergência e Protecção Civil (ANEPC), que entrou em vigor em Abril de 2019.
Na altura, ficou decidido que a nova estrutura regional e sub-regional entraria em funcionamento de forma faseada, estando já em funções os comandos regionais do Norte, Centro, Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve, enquanto os 23 comandos sub-regionais de emergência e protecção civil, cuja circunscrição territorial corresponde ao território de cada comunidade intermunicipal, iniciariam funções em 1 de Janeiro.
Vila Real, Aveiro, Viana do Castelo, Porto e Braga são os distritos sob aviso laranja do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) na passagem de ano, devido a chuva forte e persistente. Também na passagem de ano, o IPMA colocou os restantes distritos do continente sob aviso amarelo, o menos grave de uma escala de três, devido à agitação marítima, chuva persistente e vento forte.
A Autoridade Marítima Nacional (AMN) aconselha a "não ir a banhos" no primeiro dia de 2023 e a evitar a deslocação para zonas expostas à agitação marítima.
A Protecção Civil também alertou para a possibilidade de inundações, deslizamento de terras e lençóis de água nas estradas devido às previsões de chuva e vento forte a partir de sábado, principalmente nas regiões do Norte e Centro.