Magnus Carlsen recupera a hegemonia do xadrez

Norueguês juntou a tripla coroa conquistada em Almaty às de 2014 e 2019. Deverá ter sido a sua última proeza do género.

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Reuters/PAVEL MIKHEYEV
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Magnus Carlsen venceu o Campeonato do Mundo de xadrez de partidas-relâmpago, em Almaty, Cazaquistão, voltando a reunir os três títulos mundiais (a este juntam-se o clássico e o de semi-rápidas), feito que alcança pela terceira vez, depois de ter obtido a tripla coroa em 2014 e 2019. É uma despedida em beleza do genial norueguês, já que, ao abdicar de defender o título clássico que será disputado em 2023, dificilmente terá oportunidade de repetir a proeza.

As coisas até nem estavam a correr de feição para Carlsen, pois o número um do ranking nesta variante, o norte-americano Hikaru Nakamura, comandava destacado o evento — disputado em sistema suíço de 21 jornadas entre os 176 participantes — no final do primeiro dia de prova, com um ponto de vantagem sobre os seus perseguidores, entre os quais se incluía Carlsen.

Mas no segundo dia tudo mudou. Nakamura esteve longe da eficácia das primeiras 12 jornadas e a sua vantagem tinha-se esfumado duas rondas depois, ao ceder dois empates, enquanto o norueguês vencia ambos os duelos. Mas a 15.ª ronda animou ainda mais a prova, pois ambos os líderes eram derrotados, permitindo que mais três jogadores, o neerlandês Anish Giri, o jovem arménio Haik Martyrosian e o russo Ian Nepomniachchi, os alcançassem.

Os dois rivais voltariam a isolar-se ao serem os únicos, do grupo da frente, a vencer na partida seguinte e Carlsen voltava ao comando ao beneficiar da derrota de Nakamura perante outro jogador da nova geração, o russo Alexey Sarana. Mas o mesmo jogador também vencia Carlsen na 19.ª jornada, com a incerteza do triunfo a instalar-se de novo.

Na penúltima ronda, Carlsen voltava a vencer, mas Nakamura e Martyrosian também, continuando o norueguês a liderar com meio ponto de vantagem sobre este duo. Na última jornada, o norueguês, que sabia que uma vitória lhe garantia o título, jogou de forma superior diante do incómodo Nodirbek Abdusatovov, que falhou no momento crucial.

Na luta pela segunda posição, nem Nakamura nem Martyrosian foram além do empate, com o norte-americano a levar a prata, por possuir melhor desempate que o arménio.

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