PJ alerta para e-mails fraudulentos em nome das forças de segurança

As mensagens estão a ser difundidas a nível nacional, usando abusivamente a imagem da PJ, da PSP, da GNR e da Europol, “supostamente assinadas por dirigentes”.

Foto
Autores das mensagens fraudulentas ameaçam os cidadãos com penas de prisão Adriano Miranda

A Polícia Judiciária alertou esta quinta-feira para a circulação de mensagens falsas com o logótipo das forças de segurança, através de correio electrónico, a pretexto de alegadas convocações, mandados, acusações e processos judiciários, com vista a obter dados pessoais.

No alerta divulgado, a Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica, no âmbito da actividade preventiva, especifica que as mensagens estão a ser difundidas a nível nacional, usando abusivamente a imagem da PJ, da PSP, da GNR e da Europol, “supostamente assinadas por dirigentes ou entidades ligadas a este tipo de instituições”.

Os autores das mensagens ameaçam os cidadãos com penas de prisão, multas por crimes de pornografia infantil, pornografia computorizada, ciberpornografia, entre outro tipo de ameaças.

A Judiciária esclareceu, em comunicado, que os órgãos de polícia criminal e as instituições ligadas à Justiça “não fazem este tipo de notificações”, tendo as mensagens como único propósito a “captura de dados pessoais das vítimas”.

Quem receber estas mensagens deverá bloquear o remetente, reportar o spam e apagar a mensagem, uma vez que a abertura deste tipo de mensagens e dos links associados, “auxiliam os criminosos a aceder a qualquer sistema informático” (PC, tablet ou telemóvel) e a infectar com vírus ou software malicioso (malware) os dispositivos.

“Nunca aceda a links ou anexos de e-mails estranhos”, recomendou a PJ, acrescentando que a observação das características da mensagem (aspecto, eventuais erros ortográficos, argumentos persuasivos, que contenham ofertas generosas e despropositadas) ajudarão a reconhecer “a falsidade da mensagem”.

“Desconfie de notícias e ofertas sensacionalistas, não se deixe guiar pelo tom ameaçador ou alarmista da mensagem, ninguém dá prémios ou oferece um produto, se não estiver a participar num concurso” são alguns dos conselhos deixados pela PJ.