Simone Tebet aceita liderar o Ministério do Planeamento no Governo de Lula
Notícia foi avançada pelo futuro ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que recebeu “um sinal positivo” na reunião com o líder do MDB, Baleia Rossi.
A senadora Simone Tebet, do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) aceitou o convite do Presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, para liderar o Ministério do Planeamento, depois de frustradas as tentativas para assumir as pastas do Desenvolvimento Social e do Ambiente.
Assim deixou antever o futuro ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que depois de se reunir, esta terça-feira com o líder do MDB, Baleia Rossi, informou que recebeu “um sinal positivo” no que diz respeito ao convite feito por Lula.
Não se descarta que o anúncio seja feito na quarta-feira, com o resto dos ministros que falta nomear e que deverão conformar o Governo de 37 ministérios, bem acima das 23 pastas do actual executivo de Jair Bolsonaro.
O acordo para que Tebet assumisse a Planificação põe assim fim a todas as especulações lançadas desde que a ex-candidata presidencial, que ficou em terceiro na primeira volta das eleições presidenciais, decidiu dar o seu apoio a Lula e empenhar-se na sua campanha na segunda volta.
A senadora estaria mais disposta a assumir a pasta do Desenvolvimento Social, algo a que o Partido dos Trabalhadores (PT), de Lula, se mostrou avesso a entregar, tendo em conta que as políticas sociais são uma das suas principais bandeiras políticas.
Lula terá oferecido o Ministério da Agricultura, mas Simone Tebet, que tem ambições políticas para as eleições presidenciais de 2026, não aceitou. A seguir a imprensa brasileira disse que a senadora poderia assumir o Ministério do Meio Ambiente, que acabou por ser entregue a Marina Silva.
Marina Silva chegou a ser ministra do Ambiente de Lula (entre 2003 e 2008), antes de se demitir e se afastar do PT — e só nesta eleição se aproximou de novo de Lula.
O novo Ministério do Planeamento terá a tutela do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Instituto de Pesquisa Económica Aplicada (IPEA) e ainda da área de relações internacional especializada em bancos internacionais de desenvolvimento.