Kiev: Jardim Botânico tenta salvar as plantas tropicais vítimas do frio

Sucessivos ataques russos à rede eléctrica da Ucrânia estão a ameaçar as fontes de aquecimento do Jardim Botânico de Kiev. Sujeitas ao frio, as plantas tropicais podem perder-se.

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As plantas podem entrar em crise se sujeitas a temperaturas abaixo dos 15 graus Reuters/GLEB GARANICH
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As plantas estão a ser colocadas perto de fontes de calor a lenha Reuters/GLEB GARANICH
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Necrose causada pelo frio numa orquídea-borboleta Reuters/GLEB GARANICH
Bioma
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Lyudmyla Buiun ao pé de um barril com uma fogueira usada para aquecimento Reuters/GLEB GARANICH
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Estufa
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Nas exuberantes estufas do Jardim Botânico Nacional de Kiev, os funcionários estão a lutar para salvar uma colecção de plantas tropicais com décadas de existência, após meses de ataques russos à rede eléctrica da Ucrânia que levaram a cortes de electricidade, ameaçando o fornecimento de aquecimento do jardim.

"Estas colecções não podem ser restauradas. Isto não é uma estufa com pepinos e tomates. A perda desta colecção seria uma grande perda nacional para a Ucrânia", diz Lyudmyla Buiun, responsável pelas plantas tropicais e subtropicais. "Não podemos dizer às plantas 'por favor, aguentem, porque hoje estão -15 graus [Celsius]'. É impossível", acrescenta, apontando sinais de danos causados pelo frio em algumas plantas.

As plantas enfrentariam uma grave ameaça se a temperatura na estufa descesse abaixo dos 15 graus Celsius, observa Lyudmyla Buiun.

Encontrar formas de manter um clima tropical numa Kiev gelada, atingida por frequentes cortes de energia, é muito difícil, e os jardineiros estão agora a aquecer preventivamente as estufas queimando lenha, embora o fumo represente um risco para as plantas.

Normalmente, criariam calor através da queima de lenha em fornos eléctricos. No entanto, os frequentes cortes de energia perturbam o ciclo de aquecimento e leva horas a reiniciar os fornos, segundo o operador da sala da caldeira Yurii Nai. A administração do jardim ligou-se agora ao sistema de aquecimento central de Kiev para ter uma reserva, mas receia novos ataques de mísseis à rede eléctrica.