Exposições: e nada ficou como era dantes

2022 parece-nos um ano em que tudo quis voltar a 2019. Se quiséssemos escolher uma palavra para o classificar, essa palavra seria euforia. Ansiosa.

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Sara Bichão e Violaine Lochu: um modo novo e criativo de pensar o corpo na sua relação com o ambiente Rui Gaudêncio

Depois da pandemia e dos confinamentos vários, depois da claustrofobia de uns dentro de ateliers e do recolhimento de outros longe das multidões, 2022 parece-nos um ano em que tudo quis voltar ao que era em 2019. Se quiséssemos escolher à pressa uma palavra para classificar este ano, essa palavra seria euforia. E, no entanto, vendo um pouco mais longe do que as festivas inaugurações, do que as presenças optimistas em feiras e bienais — mesmo se, de facto, Pedro Neves Marques protagonizou este ano uma das mais felizes presenças em Veneza de que há memória — não é possível evitar sentir a ansiedade com que o ano encerra. A guerra na Europa, com a crise económica que afecta sem dúvida o mercado da arte, não permite que o sentimento seja outro.

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