O Inverno do contentamento de Messi

Num Mundial jogado no Verão, o argentino juntaria quatro mil minutos nas pernas aos seus 35 anos. Assim, o gás do Qatar até chegou para o melhor prolongamento de sempre.

Ao contrário, pelos vistos, de toda a humanidade, a interrogação que o Qatar 2022 e a canonização futebolística de Messi me suscitam não é se a calvície me desaparecerá quando lhe sacar um autógrafo. A pergunta que me faço é se ela (a canonização, não a calvície) poderia ter sucedido noutro Campeonato do Mundo que não este. Esqueçam a política e as manigâncias Qatar/PSG/Gianni Infantino (ou não esqueçam, que sei eu?): se este Mundial se tivesse realizado em Junho, como de costume, Messi jogá-lo-ia com quase quatro mil minutos nas pernas, em vez de 1600. Seria fim de época e estaríamos a rebobinar a cassete do desgaste.

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