O Sp. Braga ofereceu e o Sporting abriu os presentes

Os “leões” apuraram-se para a final a quatro da Taça da Liga com uma goleada sobre os bracarenses.

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Pedro Gonçalves marcou um dos golos do Sporting frente ao Sp. Braga LUSA/TIAGO PETINGA

O jogo entre o Sporting e o Sp. Braga, o primeiro dos quartos-de-final da Taça da Liga, parecia um daqueles jantares de Natal entre colegas de trabalho que costumam realizar-se uns dias antes da noite de Consoada. Combina-se um encontro. Trocam-se uns presentes... Nesta segunda-feira os bracarenses foram bastante generosos e os sportinguistas não tiveram qualquer pejo em pegar nas prendas e abri-las todas bem na noite em que as receberam. E foram cinco.

Em teoria o embate entre Sporting e Sp. Braga era uma espécie de final antecipada. Ou pelo menos colocava frente a frente duas das equipas com melhor desempenho na competição. Quer os sportinguistas, quer os “arsenalistas” chegavam a este jogo só com vitórias e sem terem sofrido qualquer golo.

A equipa de Rúben Amorim atravessa mesmo o melhor momento da temporada depois de cinco vitórias consecutivas (três delas nesta Taça da Liga), 18 golos marcados e apenas um sofrido. O treinador “leonino” parece que conseguiu mesmo fazer o que pretendia com a paragem do campeonato e a disputa da fase de grupos da Taça da Liga durante o Mundial 2022. Recuperar jogadores, física e psicologicamente, de um mau arranque de época e aprimorar rotinas.

Do outro lado, Artur Jorge também chegou a Alvalade com um grupo moralizado, igualmente com cinco triunfos no bolso, dez golos marcados e dois sofridos. Mas mal começou o jogo, cedo se percebeu que a noite era de benesses bracarenses.

Logo aos 5’, na sequência de um canto mal assinalado a favor do Sporting, os “leões” aproveitaram a passividade dos visitantes para inaugurar o marcador, com Gonçalo Inácio a fazer com sucesso uma recarga a uma defesa de recurso de Matheus. Primeira prenda oferecida

Ainda o Sp. Braga estava a tentar perceber o que se estava a passar já o Sporting dilatava a vantagem. Aos 8’, uma perda de bola do Sp. Braga e um mau posicionamento de cobertura da maioria dos seus jogadores na transição ofensiva dos “leões” deram todo o espaço do mundo a Trincão que serviu Paulinho para o 2-0. Segundo presente.

Ainda não estavam decorridos 10 minutos de jogo e já o Sporting estava confortável na partida. E mais ficou aos 20’, quando um mau domínio de bola de Tormena levou o bracarense a cometar penálti sobre Pedro Gonçalves. Terceira oferta minhota que “Pote” não desperdiçou.

A perder por 3-0 ainda antes da primeira meia-hora do jogo, o Sp. Braga estava perdido em campo. Incapaz de acertar com as marcações, intranquilo com a bola nos pés, preso de movimentos na zona ofensiva. Mas não se pense que este estado de coisas foi apenas demérito dos bracarenses. Nada disso. O Sporting teve também muito mérito. Com Paulinho eficaz, Porro e Nuno Santos velozes e pressionantes, Trincão e Pedro Gonçalves muito móveis a baralhar as marcações e Edwards sempre muito acelerado, os “verde-e-brancos” tiveram muito mérito no evoluir do resultado e até poderiam ter chegado à goleada mais cedo.

Perante um Sp. Braga a roçar a banalidade, Trincão dilatou a vantagem sportinguista a quatro minutos do intervalo, mas não festejou mais uma “dádiva” bracarense por respeito ao clube onde “nasceu” para o futebol. E já em período de compensação uma falta cometida por Paulo Oliveira sobre Edwards depois de nova perda de bola infantil dos minhotos, permitiu ao britânico converter o penálti, fazendo os “leões” chegar à mão cheia de golos ainda antes do intervalo, no que foi o quinto presente do Sp. Braga.

A segunda parte não teve história. O Sp. Braga estava derrotado e teve de viver 45 minutos de suplício, escutando “olés” e votos de Bom Natal vindos das bancadas pouco compostas do estádio José Alvalade, enquanto o Sporting foi “poupando” alguns dos seus jogadores mais influentes.

O Sporting continua assim a defesa do troféu que conquistou nas duas últimas épocas e Rúben Amorim em busca da quarta vitória consecutiva na prova, algo que seria inédito.

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