Zelensky propõe “cimeira mundial da paz” durante o Inverno
A iniciativa do Presidente ucraniano foi divulgada numa mensagem de vídeo que Kiev queria que tivesse sido transmitida antes da final do Mundial do Qatar.
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O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, propôs a organização de uma cimeira mundial da paz durante o Inverno. A ideia do chefe de Estado ucraniano foi veiculada durante um vídeo que Kiev queria que tivesse sido transmitido antes da final do Campeonato do Mundo no Qatar, este domingo.
Não ficou claro que países é que seriam convidados para a iniciativa que Zelensky apelidou de “fórmula da paz”. “Não há campeões na guerra, não pode haver um empate”, afirmou o Presidente. Recentemente, tanto a Rússia como a Ucrânia têm fechado a porta a negociações para que seja alcançada uma solução política para a guerra, impondo pré-condições inaceitáveis para cada um dos lados.
“Anuncio a iniciativa de organizar uma cimeira para fórmula da paz mundial este Inverno. A cimeira para unir todas as nações do mundo em torno da causa da paz mundial”, continuou Zelensky. “As bancadas dos estádios ficam vazias depois do jogo e depois da guerra as cidades mantêm-se vazias”, acrescentou.
Segundo a CNN, o Governo ucraniano propôs à FIFA que fosse transmitida uma mensagem de Zelensky nos momentos que antecederam a final do Campeonato do Mundo de futebol, disputada em Doha este domingo entre a Argentina e a França. O objectivo de Kiev era aproveitar a enorme exposição mediática do evento desportivo para projectar a mensagem de Zelensky em todo o mundo.
Aparentemente, a FIFA não terá respondido ao apelo feito pela Ucrânia, mas acredita-se que seria improvável que o pedido fosse aceite, dada a relutância do organismo que tutela o futebol mundial em adoptar mensagens políticas. A FIFA proibiu, por exemplo, que os capitães das selecções presentes na competição envergassem uma braçadeira com as cores alusivas ao movimento LGBTQ.
A postura da FIFA foi criticada pelo conselheiro presidencial ucraniano, Mikhailo Podoliak, que acusou o organismo de “não compreender o desastre para o qual a Rússia está a arrastar o mundo ao ter começado a guerra contra a Ucrânia”.
Este domingo, a Rússia continuou a bombardear o território ucraniano, com especial incidência para o centro da cidade de Kherson, que voltou recentemente ao controlo das forças de Kiev. Quatro pessoas ficaram feridas, segundo as autoridades locais.