É a vida

Não serei eu a afirmar que as pessoas não mudam. Incluindo para melhor. Seria pouco honesto da minha parte. Eu própria só há pouco aprendi a apreciar o frio e a intimidade que ele favorece. Levei décadas a chegar lá, é um facto, mas isso só reforça a minha convicção de que, à medida que nos tornamos menos idiotas, também ao tempo se esgota a serventia: no momento em que eventualmente estamos quase a atingir o essencial, “Goodbye, Maria Ivone!” e o corpo colapsa.

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