Álvaro Vasconcelos: “A mentalidade de silenciar os crimes do colonialismo manteve-se até hoje”
Escreveu um livro com as suas memórias do colonialismo português na Beira, em Moçambique: racismo, violência contra as mulheres, trabalho forçado contrastam com a visão lusotropical.
Abre o livro com um mapa da Beira dividido entre a cidade branca - que tinha “belos edifícios modernistas” - e a cidade negra - que tinha “barracas feitas com o que havia à mão”. Lembra os dados: “Em Moçambique, em 1960, habitavam apenas cerca de 97 mil europeus (apenas 1,5% da população), que concentravam todo o poder, e 6,5 milhões africanos, sem direitos. Penso, agora, nessa escandalosa diferença”.
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