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Quase metade dos adolescentes portugueses mudou o seu estilo de vida pelo ambiente

Os jovens portugueses assumem comprometer-se com a preservação do planeta, mas as raparigas e os mais novos são mais activos, diz estudo.

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Mais de metade dos adolescentes dizem procurar formas de resolver problemas ambientais Guillermo Vidal

Cerca de 46% dos adolescentes portugueses assumem ter mudado o seu estilo de vida para proteger o ambiente. É o que mostram os resultados do relatório sobre saúde planetária do Health Behaviour in School Aged Children (HBSC), um grande inquérito em colaboração com a Organização Mundial de Saúde (OMS) que estuda a adolescência a cada quatro anos.

O estudo, realizado este ano em 51 países, mostra que, em Portugal, os jovens adoptam alguns compromissos para com a preservação do planeta, sendo que mais de metade (56,8%) dos que responderam ao inquérito dizem procurar activamente formas de reduzir os problemas ambientais. Por outro lado, 47,1% escolhem trabalhar o tema na escola sempre que é possível.

Para o desenvolvimento sustentável, a maioria dos adolescentes acredita que é necessário preservar a biodiversidade (85,4%). Mais de 80% também dá importância à redução do desperdício e é a favor de leis mais rigorosas no foro ambiental e mudanças na gestão dos recursos naturais. Em contexto de seca, 69% também apontam a redução do consumo de água como uma prioridade. No geral, os adolescentes têm a percepção de que a sua família (70,8%), amigos (62,8%) e escola (53,9%) são amigos do ambiente.

O mesmo relatório aponta que os alunos mais velhos (10º ano de escolaridade) têm mais conhecimento do assunto, embora sejam os mais novos (6º ano de escolaridade) a ter comportamentos mais sustentáveis e uma melhor percepção dos seus colegas, família e escola como amigos do ambiente. Existem ainda diferenças significativas entre raparigas e rapazes: elas são mais conhecedoras, preocupadas e activas no que toca à saúde do planeta.

O HBSC, que estuda as diferentes áreas da vida dos adolescentes em idade escolar, foi aplicado em Portugal Continental através de um questionário online em 40 agrupamentos de escolas do ensino regular. Responderam 5809 jovens, do 6º, 8º e 10º anos de escolaridade.