Antinúcleos fazem longas viagens e trazem mensagens das profundezas da Via Láctea

Passámos a ter mais certezas: antimatéria vem do centro da galáxia até às vizinhanças da Terra. Grau de convicção mais alto é dado por uma experiência do CERN.

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Representação artística de antinúcleos no acelerador do CERN (à esquerda) e no Universo (à direita) ORIGINS Cluster/Universidade Técnica de Munique

Uma potentíssima máquina na Terra explorou como pode ser a viagem de determinadas partículas no Universo. E conseguiu. Pela primeira vez, mediu-se a taxa de sobrevivência de núcleos de anti-hélio-3 – que não têm uma fonte natural no nosso planeta – e percebeu-se que podem viajar a longas distâncias sem serem absorvidos na nossa galáxia, a Via Láctea. Os resultados publicados esta segunda-feira na revista científica Nature Physics poderão ser usados na investigação da matéria escura. Porquê? Comecemos então por aí.

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