A solidão de Marcelo e a solidão de Ronaldo

A queda do ídolo não é diferente da queda dos meros mortais. Por exemplo, na política, com raras excepções, acaba-se sempre mal

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Pior do que a solidão do poder é a solidão que se segue ao exacto minuto em que se perde o poder – e as imagens de Cristiano Ronaldo a começar os jogos no banco nestas duas últimas rondas de Portugal no Mundial do Qatar são o mais perfeito registo do que sempre acontece quando termina o grande unificador, o poder do chefe da repartição das finanças número 9 de Lisboa ou do outrora melhor jogador do mundo. Nunca há complacência para quem está “no banco” e qualquer humano que esteve numa posição de poder e deixou de estar fica capaz de fazer uma tese de doutoramento sobre o sentido mais puro do efémero e de como é possível passar, num instante, de “bestial a besta”, para usar a frase popular que melhor define estes processos.

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