Triângulo da Tristeza vence prémios da Academia Europeia de Cinema

Filme do realizador sueco ganhou quatro prémios. João Pedro Rodrigues é um dos cinco finalistas do Prémio Lux.

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Ruben Östlund repetiu a proeza que já tinha conseguido com O Quadrado Sebastian Gabsch

O filme Triângulo da Tristeza, do realizador sueco Ruben Östlund, foi o grande vencedor da noite em Reiquiavique (Islândia) dos prémios da Academia Europeia de Cinema, arrebatando vários prémios, entre os quais o de melhor Filme Europeu de 2022.

A comédia dramática filmada num cruzeiro de luxo, que já ganhara a Palma de Ouro no Festival de Cannes, venceu também nas categorias de Realizador e Argumento (ambos para Östlund) e ainda na de Actor, atribuído ao croata Zlatko Burić.

O realizador sueco repetiu a proeza que já tinha conseguido com O Quadrado (2017), quando venceu a Palma de Ouro e prémio máximo da Academia Europeia de Cinema, em que votam cerca de 4400 profissionais do sector. Além do filme de Östlund, estavam nomeados para esta categoria Close, de Lukas Dhont (Bélgica), Holy Spider, de Ali Abbasi (Dinamarca), Alcarràs, de Carla Simón (Espanha), e Corsage - Espírito Inquieto, de Marie Kreutzer (Áustria). Os dois primeiros, tal como Triângulo da Tristeza, também tinham quatro nomeações.

Corsage conseguiu o prémio de Actriz Europeia para a luxemburguesa Vicky Krieps.

A lista da 35.ª edição dos prémios da Academia Europeia seleccionou 30 filmes, escolhidos entre os que tiveram estreia entre 1 de Junho de 2021 e 31 de Maio de 2022, para preencher apenas dez categorias.

A animação nacional Ice Merchants, de João Gonzalez, nomeada para a categoria de Curta-Metragem, foi derrotada por Granny's Sexual Life, da eslovena Urška Djukic e da francesa Émilie Pigeard.

A presença portuguesa no palmarés fica reduzida à co-produção da Ocidental Filmes, entre quatro outros países, do filme Interdito a Cães e Italianos, do francês Alain Ughetto, que foi distinguido na categoria Longa-Metragem Europeia de Animação.

O prémio de melhor Documentário foi atribuído a Mariupolis 2, do lituano Mantas Kvedaravicius, que terá sido morto pelas forças russas durante o cerco de Mariupol, na Ucrânia, cidade onde tinha voltado para filmar a ocupação russa. O prémio foi recebido em Reiquiavique pela filha. O Bom Patrão, de Fernando León de Aranoa, recebeu o prémio de Comédia europeia.

O Prémio Fipresci, para revelação do ano, foi atribuído a Piccolo Corpo, a primeira longa-metragem da italiana Laura Samani.

Na cerimónia de sábado, foi anunciado que o filme Fogo-Fátuo, de João Pedro Rodrigues, é um dos cinco finalistas do Lux — Prémio Europeu do Público para o Cinema, atribuído pelo Parlamento Europeu (PE) e pela Academia de Cinema Europeu.

Pela primeira vez, escreve a Lusa, foram nomeados cinco filmes finalistas, entre os quais está a comédia de João Pedro Rodrigues, uma co-produção entre Portugal e França.

Além de Fogo-Fátuo, protagonizado por Mauro Costa e André Cabral, os finalistas ao Prémio LUX são Alcarràs, Triângulo da Tristeza, Close e Burning Days, de Emin Alpen.

O filme vencedor será anunciado a 14 de Junho no Parlamento Europeu, em Estrasburgo.

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