João Goulão: “As bebidas alcoólicas no nosso mercado são disparatadamente baratas”

João Goulão, coordenador para os problemas da droga e do álcool, avisa que a crise vai agravar os consumos e diz ser urgente reforçar os profissionais que trabalham na área.

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João Goulão mostra-se preocupado com os efeitos da crise no agravamento dos consumos problemáticos Rui Gaudêncio (arquivo)

A criação de uma estrutura única que, à semelhança do extinto Instituto da Droga e da Toxicodependência (IDT), detenha as competências de planeamento e execução das políticas e do tratamento voltou a estar em cima da mesa, segundo João Goulão, coordenador nacional para os problemas da droga, das toxicodependências e do uso nocivo do álcool. Na semana em que o relatório sobre a situação do país em matéria de droga e de álcool apontou para um aumento das recaídas e das mortes por overdose de substâncias ilícitas e por intoxicação alcoólica (115 óbitos), Goulão foi à Assembleia da República relembrar que a transferência do tratamento para as administrações regionais de saúde não funcionou e que os serviços estão “na penúria” em termos de recursos humanos.

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