Por Portugal e Ronaldo, até compro uma garrafa de Júpiter para dançar com as estrelas
Até eu, que não passei de um coxo defesa-central do Alijoense e que só jogava quando não havia mais ninguém, sei que o queixume de Ronaldo é mais do que normal. Na verdade, até foi demasiado fofo.
O comentador Rui Santos, esse pavão em dia de engate, sumidade do futebol nacional que fala como se estivesse emplumado de vaidade e convencimento até à maçã-de-Adão, suplicou a Ronaldo que fale ao país e peça desculpa aos portugueses. Caso contrário, avisa, Ronaldo arrisca-se a cair num buraco negro sem honra e glória. E ele, o bom samaritano do Rui Santos, que tem passado o Mundial a destratar o jogador, acha demasiado triste acabar assim, chupado por matéria densa e cuspido para o nada em invisíveis e renovadas partículas cósmicas. Proponho que Cristiano fale ao país a partir de Belém, com Marcelo Rebelo de Sousa a servir de ponto e Rui Santos de tradutor gestual, para conferirem mais peso e solenidade à comunicação.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.