Receitas dos operadores com pacotes de serviços têm maior aumento desde 2020

Os pacotes de serviços de telecomunicações já representam mais de metade das receitas retalhistas do sector e subiram 4,1% até Setembro, para 1393 milhões.

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Em cada 100 famílias, 91 subscreveu pacotes de serviços Nelson Garrido

As receitas dos operadores de telecomunicações com os serviços em pacote atingiram 1393 milhões de euros entre Janeiro e Setembro, o que representa, em termos homólogos, um aumento de 4,1%, que é também, de acordo com o regulador, “o maior crescimento verificado desde o final de 2020”.

No final de Setembro existiam em Portugal 4,5 milhões de subscritores destas ofertas que juntam vários serviços de telecomunicações como Internet, telefone fixo e móvel e televisão (mais 3,6%, ou 155 mil, face ao mesmo período de 2021), calculando a Anacom que 91 em cada 100 famílias tenham este tipo de contrato.

As receitas com os pacotes de serviços de telecomunicações já representam 50,4% do total das receitas retalhistas dos operadores, sendo que as receitas das ofertas 4/5P (aquelas que juntam quatro ou cinco serviços diferentes) são “65% do total das receitas em pacote ou 32,7% do total das receitas retalhistas”, revelou a Anacom, esta sexta-feira.

De acordo com as estatísticas apresentadas pela entidade reguladora, a receita média mensal proporcionada por subscrição de um pacote de serviços foi de 34,76 euros (sem IVA), 0,6% acima do registado no trimestre homólogo.

No caso das ofertas 4/5P, a receita média mensal foi de 43,16 euros, o que representa uma ligeira subida de 0,1%. Já nas ofertas 3P, que têm vindo a perder representatividade, a receita média mensal caiu 0,6%, para 27,51 euros.

No final do terceiro trimestre, a Meo (do grupo Altice) era a empresa com “maior quota de subscritores de pacotes de serviços (41,1%), seguindo-se o Grupo Nos (35,6%), a Vodafone (20,3%) e a Nowo (3,0%)”.

A Meo tem a “maior quota de subscritores em todos os tipos de oferta: 2P (44,9%), 3P (39,1%) e 4/5P (41,8%)”. O operador da Altice teve a maior quota de receitas de ofertas 2P (43,6%) e 3P (42,5%), enquanto a empresa controlada pela Sonae (grupo proprietário do PÚBLICO) registou a maior quota nas ofertas 4/5P (46,1%).

A informação recolhida trimestralmente junto das empresas permitiu à Anacom concluir que face ao mesmo período de 2021, a Vodafone e a Meo aumentaram a sua quota de subscritores (0,5 p.p. e 0,3 p.p., respectivamente) enquanto as quotas da Nos e da Nowo (que está em processo de compra pela Vodafone) diminuíram 0,4 p.p. e 0,3 p.p., respectivamente.

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