Câmara de Loures quer estado de calamidade após danos causados pelo mau tempo

A autarquia está a avaliar os danos nas infra-estruturas e nas habitações em Loures, depois de cerca de 25 pessoas ficarem desalojadas.

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O distrito de Lisboa foi o mais atingido pelas fortes chuvadas António Pedro santos/Lusa

A Câmara de Loures vai pedir ao Governo para declarar o estado de calamidade no município, após os estragos provocados pelo mau tempo na noite de quarta para quinta-feira, indicou a autarquia em comunicado.

"Devido à gravidade das ocorrências, a autarquia irá solicitar ao Governo que seja declarado o 'estado de calamidade' para o concelho", lê-se no comunicado disponível no site da Câmara Municipal de Loures.

A autarquia está a avaliar os danos nas infra-estruturas e nas habitações em Loures, depois de cerca de 25 pessoas ficarem desalojadas. Deste grupo, seis passaram a noite no Pavilhão Paz e Amizade.

"Temos as equipas e os técnicos sociais da câmara a percorrer as zonas mais afectadas do concelho que, em termos de habitação, foram Frielas e Santo António dos Cavaleiros", disse o presidente da Câmara, Ricardo Leão, em declarações à RTP por volta das 13h30.

O autarca explicou que se viveu em Loures uma noite que "há muito tempo" não acontecia e que, entre os 25 desalojados, a maioria encontrou uma solução, mas seis pessoas passaram a noite no Pavilhão Paz e Amizade, local disponibilizado pela Câmara de Loures para acolher quem teve de sair de casa.

De acordo com a avaliação dos danos em curso, Ricardo Leão admitiu alargar o espaço de acolhimento temporário de desalojados.

O mau tempo provocou estragos em vários localidades atravessadas pela Estrada Nacional 8: Póvoa de Santo Adrião (concelho de Odivelas), Flamenga, Santo António dos Cavaleiros e Frielas (Loures).

O presidente da Junta de Freguesia de Olival Basto/Póvoa de Santo Adrião, Rogério Breia (PS), disse esta manhã à Lusa que a EN8 está "praticamente intransitável", devido à acumulação de lama, lixo e caixotes.

No mesmo comunicado da Câmara de Loures, a autarquia indica que "a forte chuva, verificada em toda a região de Lisboa, originou, no concelho de Loures, cerca de 160 ocorrências, entre deslizamentos de terras, quedas de muros, de árvores, inundações e cheias".

Os distritos de Lisboa, Faro e Santarém estiveram até cerca das 2h30 desta quinta-feira em aviso vermelho, devido às previsões de chuva forte e trovoada, o mais grave de uma escala de três, e emitido sempre que existe uma situação meteorológica de risco extremo.

Os 18 distritos de Portugal Continental encontram-se sob aviso amarelo, devido à previsão de chuva por vezes forte, podendo ser acompanhada de trovoada e de rajadas fortes de vento.