Archie Lee Hooker e The Animals este fim-de-semana no Coimbra em Blues

O festival Coimbra em Blues está de volta ao Teatro Gil Vicente e inclui um concerto inédito, De BB King a Carlos Paredes, com as guitarras de Budda Guedes, Peixe e Guilherme Catela.

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Archie Lee Hooker abrirá o festival DR

Os festivais de blues ainda têm mais para dar, este ano. Depois das edições do Porto (Julho), Maia (Setembro) e Braga (Outubro), é agora a vez do Coimbra em Blues, que já leva mais de vinte anos de existência enquanto festival autónomo, inicialmente com a “mão” de Paulo Furtado (Legendary Tiger Man) e agora com curadoria de Adalberto Ribeiro, da promotora Trovas Soltas. A sala é que se mantém a mesma que o viu nascer, a do Teatro Académico de Gil Vicente, e este ano o Coimbra em Blues vai ocupá-la durante dois dias, já esta sexta e sábado, 9 e 10 de Novembro.

A abertura, esta sexta-feira, às 21h30, cabe ao sobrinho do lendário John Lee Hooker (1917-2001), o norte-americano Archie Lee Hooker, que em Setembro actuou no Maia Blues Fest. Nascido em Lambert, Mississípi, no dia de Natal de 1949, foi em Memphis, Tennessee, que integrou um grupo de gospel, The Marvelous Five, apaixonando-se depois pelos blues. De acordo com a sua biografia oficial, Archie viveu com o tio John até à morte deste, e isso que terá sido decisivo para abraçar os blues. Com o grupo que depois formou, e com o qual se apresentan regularmente pelos palcos do mundo, The Coast To Coast Blues Band, Archie gravou um primeiro disco em 2018, intitulado Chilling. O seu álbum mais recente intitula-se Living in a Memory e foi lançado em Abril de 2021.

Na mesma noite, às 23h, um concerto inédito: De BB King a Carlos Paredes. O desafio, feito pela organização do festival, partiu da seguinte premissa: “E se BB King e Carlos Paredes se juntassem numa jam session?” Respondem, em palco, com a sua arte, três guitarristas: Budda Guedes (Budda Power Blues), Peixe (Ornatos Violeta e Miramar) e Guilherme Catela (guitarra portuguesa). Peixe substitui neste projecto Frankie Chavez, que não pode comparecer “por motivos de força maior”.

No dia seguinte, 10 de Dezembro, a abertura (21h30) cabe aos portugueses Peter Storm & The Blues Society, com, anunciam os promotores, “uma apaixonante viagem temporal pela história dos blues”. O grupo é composto por José Reis, Jorge Oliveira, Bino Ribeiro e João Belchior, músicos que participam ou já participaram em bandas como Johnny Blues Band, Minnemann Blues Band, Judy Blues Eyes Band, Tributo Clapton Addicton ou The Smokestackers.

A fechar o festival, às 23h, estará a mais recente formação do histórico grupo britânico The Animals, célebre por temas como The house of the rising sun, We gotta get out of this place ou Don’t let me be misunderstood e que actuaram este ano mais a norte, no Nova Arcada Braga Blues, em Novembro. Animals and Friends, assim se intitula actualmente o grupo, contam com dois elementos da formação original, John Steel (bateria) e Micky Galagher, que substituiu Alan Price em 1965 (teclados), a que se juntaram os músicos Danny Handley (guitarra, vocais) e Roberto Ruiz (baixo, vocais).

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