António Maria Assis interiorizou ao longo dos últimos dois anos um hábito que exterioriza com um misto de revolta e medo. Antes de se deitar, observa o edifício em frente, a uma distância de pouco mais de três metros. Ao PÚBLICO o morador na Rua do Governador, localizada no centro histórico de Serpa, admite o receio de “acordar durante a noite com o barulho do edifício em derrocada, dado o seu evidente estado de ruína”. E, durante o dia, sempre que sai à rua, palmilha célere uma trintena de metros, até alcançar um espaço onde se sente mais seguro sem tirar os olhos da casa que “nos pode cair em cima a todo o momento”.
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