Na Áustria, quem ultrapassar (muito) o limite de velocidade fica sem carro
Condutores austríacos apanhados em excesso de velocidade (a mais de 60 ou 70 quilómetros por hora acima do limite) terão os carros apreendidos e leiloados, anunciou o Governo.
Os condutores austríacos apanhados em grande excesso de velocidade terão os seus carros apreendidos e até mesmo leiloados, anunciou o Governo na segunda-feira, 5 de Dezembro. O objectivo é dissuadir os aceleras, ameaçando tirar-lhes o valioso automóvel.
A alteração na legislação anunciada pela coligação entre conservadores e verdes visa endurecer as leis e aproximar o país de outros, como Alemanha e Suíça.
As autoridades locais afirmam estar a tentar controlar as corridas ilegais e outros casos de excesso de velocidade. Embora a maioria dos condutores nunca se tenha apercebido delas, causam mortes, por vezes de espectadores inocentes.
“As velocidades de que estamos a falar não permitem que ninguém tenha completamente o controlo do carro, tornando-o uma arma incontrolável e um perigo para pessoas inocentes, afirmou a ministra dos Transportes, Leonore Gewessler, dos Verdes, em conferência de imprensa.
Em termos mais específicos, qualquer pessoa que seja apanhada a conduzir a 60 quilómetros por hora acima do limite de velocidade dentro das localidades (onde o limite é 50 quilómetros por hora) ou a 70 quilómetros por hora acima do limite estabelecido fora das localidades (onde se pode ir até 130 quilómetros por hora) terá o carro apreendido até duas semanas, de acordo com o novo plano do Governo.
Quer seja reincidente ou o primeiro incumprimento, se for a mais de 80 quilómetros por hora acima do limite dentro das localidades ou a mais de 90 quilómetros por hora fora das localidades, o carro será confiscado e, posteriormente, leiloado, disse Gewessler.
Esta medida foi acrescentada às regras introduzidas no ano passado, que aumentaram o tempo que um condutor fica sem carta de condução em casos de excesso de velocidade. “Quem não tem carro não pode acelerar. É exactamente por isso que a medida é tão bem-sucedida noutros países – porque atinge onde dói e protege a população em geral”, disse Gewessler, acrescentando que, embora as medidas fossem duras, eram necessárias.