Novos secretários de Estado já tomaram posse, mas a única palavra foi sobre o Mundial

As novas equipas dos ministérios da Economia e das Finanças tomaram posse esta sexta-feira, pelas 12h, no Palácio de Belém.

Foto
A cerimónia não durou mais do que cinco minutos e não houve declarações aos jornalistas LUSA/TIAGO PETINGA

Os novos secretários de Estado tomaram posse esta sexta-feira, numa cerimónia que durou cerca de cinco minutos. A transição de pastas foi rápida e sem declarações aos jornalistas. A excepção veio de António Costa, que à saída, em passo apressado e questionado pelos jornalistas sobre se iria assistir aos jogos da selecção do Mundial no Qatar, respondeu: “Com certeza, espero que na terça.”

O optimismo do primeiro-ministro foi validado pelos resultados desta sexta-feira. Apesar de ter perdido contra a Coreia do Sul, a selecção nacional segue como líder do Grupo H, e o próximo jogo acontece na terça-feira.

As declarações de Costa à saída foram já feitas ao lado do seu novo secretário de Estado Adjunto, o ex-secretário de Estado dos Assuntos Fiscais António Mendonça Mendes, o primeiro a ser empossado. Mendonça Mendes assume o cargo deixado por Miguel Alves, que se demitiu depois de ter sido acusado pelo Ministério Público pelo crime de prevaricação.

Do lado da Economia, tomaram posse Pedro Cilínio, que assumiu a Secretaria de Estado da Economia, e Nuno Fazenda, enquanto secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços.

Já do lado do Ministério das Finanças, João Nuno Mendes deixou o Tesouro para assumir funções como secretário de Estado das Finanças, e foi substituído por Alexandra Reis. Nuno Félix assumiu a pasta dos Assuntos Fiscais, deixada por Mendonça Mendes.

A “minirremodelação” do executivo acontece depois dos pedidos de demissão feitos pelo ministro da Economia, devido a divergências com os secretários de Estado que esta sexta-feira deixaram a função: João Neves, agora ex-secretário de Estado da Economia, e Rita Marques, agora ex-secretária de Estado do Turismo, Comércio e Serviços.

Com as mudanças, a “equipa renovada, mais curta e ágil" prometida por Costa ainda antes das eleições aumenta duas secretarias de Estado, de 38 para 40. Embora continue a mais curta de um Governo liderado por António Costa, as promessas quanto a uma equipa mais “renovada” e “ágil” continuam a ser difíceis de concretizar.

Desde que tomou posse, este executivo já conta sete demissões e os problemas de comunicação são evidentes. Em Junho, Costa reforçou a sua equipa de comunicação e criou até o cargo de director de comunicação do Governo, para o qual chamou João Cepeda. O esforço não foi suficiente e em Outubro a equipa foi novamente reforçada com duas nomeações. Resta saber quanto tempo aguentará o primeiro-ministro sem voltar a mexer as peças do tabuleiro.

Sugerir correcção
Ler 1 comentários