Portugal vai estar representado por três atletas nos mundiais de surf adaptado, entre os quais Marta Paço que volta a Pismo Beach, na Califórnia, para defender o título conquistado no ano passado.
A jovem natural de Viana do Castelo, que em 2019 venceu o primeiro campeonato europeu de surf adaptado e em 2021 repetiu o feito no mundial dos Estados Unidos para atletas com deficiência visual, procura agora ganhar mais uma medalha de ouro na competição que começa no domingo e termina a 11 de Dezembro.
Além da atleta, vão também marcar presença na competição, Camilo Abdula, que nos Mundiais do ano passado foi quarto na classe Stand 1 e é vice-campeão europeu, e o estreante Tomás Freitas.
O presidente da Federação Portuguesa de Surf (FPS), João Aranha, espera uma boa prestação e está confiante na conquista de medalhas por parte da equipa portuguesa, treinada por Tiago Prieto. “A Marta Paço vai defender o título, que consiga uma excelente prestação e uma medalha”, afirmou João Aranha. “Também temos expectativa de que desta vez Camilo Abdula consiga chegar ao pódio”, acrescentou.
O estreante Tomás Freitas, de 17 anos, chega à competição depois de se ter sagrado em Setembro vice-campeão mundial de kneeboard, e é, segundo João Aranha, “mais uma aposta na juventude e num bom resultado”.
Marta Paço nasceu cega e, por isso, em Pismo Beach, vai competir na classe Vl1 (deficiência visual), enquanto Camilo Abdula vai disputar a classe Stand1 e Tomás Freitas a Kneel, ambas para atletas com deficiências físicas.
Segundo o presidente da FPS, o surf para pessoas com deficiência “tem vindo a crescer”, mas “ainda não há condições” para a criação de uma competição nacional regular.
O surf estreou-se no programa dos Jogos Olímpicos Tóquio2020, disputados em 2021, mas não figura ainda no programa paralímpico.