Pepe: “Quando me lesionei, não dormia”
Central da selecção portuguesa fala do confronto desta sexta-feira com a Coreia do Sul que irá fechar a fase de grupos do Mundial 2022.
Com 39 anos, Pepe é um dos jogadores mais velhos no Mundial 2022 e já fez história no Qatar: com os 90 minutos que fez no jogo com o Uruguai, tornou-se no futebolista europeu mais velho que não o guarda-redes, a actuar na fase final do torneio, com 39 anos e 275 dias. Mas havia muitas dúvidas sobre a condição do experiente central do FC Porto, que pouco tinha jogado nos meses que antecederam o Mundial, e isso, disse nesta quinta-feira, tirou-lhe o sono.
“Quando me lesionei, não dormia, queria recuperar o mais rápido possível para disputar mais um Mundial. Esse caminho foi muito largo, mas já passou, é olhar para a frente e fazer o melhor para poder ganhar [o troféu]”, revelou nesta quinta-feira o central português, que ficou no banco no primeiro jogo, mas que recuperou o lugar no eixo da defesa para o segundo.
“Se estou na selecção, estou apto. Não joguei o primeiro, joguei o segundo por infelicidade de um colega. Isso acontece, estamos sujeitos a isso. Assim vai ser noutros jogos, o mais importante é que o grupo está forte”, reforçou, não dizendo de forma definitiva que este será o seu último Mundial, o seu quatro depois de 2010, 2014 e 2018.
“Não vou entrar por aí, se é o ultimo. Estou aqui para desfrutar, sou um privilegiado de poder jogar futebol”, observa Pepe, que olha com grande optimismo para um eventual render da guarda: “Espero que o António faça o seu percurso naturalmente, como o Ruben. Desejo sorte para ele, que é a nossa sorte também.”
O jogo com a Coreia do Sul será um reencontro com o antigo seleccionador Paulo Bento e Pepe só tem elogios a fazer ao trabalho do técnico português na formação asiática: “São jogadores muito ágeis, com muita qualidade e trabalhadores. Vocês viram os dois jogos, são uma equipa bem organizada que sabe o que faz.”
E ganhar o Mundial, está nos planos de Portugal? “Trabalhamos para isso, é o mais importante, temos um caminho difícil pela frente. Temos todos os ingredientes, mas se não os juntarmos, não o podemos fazer. Foi um exemplo que o mister nos deu. Se não os juntarmos e não fizermos a salada, não adianta o tomate ou a cebola estarem sozinhos. Se não trabalharmos, não respeitarmos os adversários, não fizermos o que o treinador prepara, de que adianta termos muita qualidade? O mais importante é o grupo saber, independentemente de quem joga, que temos de dar o melhor a vestir a bandeira.”