Já se pode votar na árvore portuguesa de 2023
Há dez candidatas à escolha – entre uma azinheira, um carvalho, um castanheiro, um eucalipto, um metrosídero, um plátano e quatro oliveiras. Qual será árvore portuguesa de 2023?
Abriram esta quarta-feira as votações online para o Concurso Nacional Árvore do Ano 2023. Até 5 de Janeiro, poderá votar na árvore que mais gostar entre as dez candidatas. A vencedora será conhecida a 6 de Janeiro e representará Portugal na competição europeia.
Esta é a sexta vez que o concurso decorre em Portugal e há diferentes tipos de árvores a competir. Uma delas é uma azinheira de São Brás de Alportel, com 250 anos e 17 metros. Um carvalho com 500 anos, de Calvos, também está no concurso – dizem que é o mais antigo da Península Ibérica e um dos mais velhos da Europa.
Também na casa dos 500 anos, está a competir um castanheiro gigante de Guilhafonso. Ainda na área dos gigantes, encontramos o eucalipto de Contige, que é considerado a maior árvore classificada de Portugal, pela Universidade de Aveiro. De Mafra, há um metrosídero com uma copa imponente.
E são quatro as oliveiras a competir: a oliveira de Casais de São Brás com um tronco dividido em três; a oliveira de Mouriscas com mais de 3000 anos; a oliveira da Lagoa com 2000 anos; e a oliveira de Pedras d’el Rei, em Tavira, também com mais de 2000 anos. De Mangualde, há um plátano que dizem que reflecte o “esplendor do barroco do século XVIII”.
Estas dez árvores foram escolhidas entre as 39 candidaturas. A selecção foi feita por um júri composto por António Bagão Félix (economista), Rui Queirós (engenheiro silvicultor do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, nomeadamente dos processos de classificação de arvoredo de interesse público), Francisco Teotónio Pereira (produtor do programa televisivo “Faça Chuva Faça Sol”), Paula Simões (arquitecta paisagista) e Pedro Silveira (director da União da Floresta Mediterrânica – UNAC).
“Nesta selecção foram eleitas árvores com diferentes funções, salientando tanto o papel da árvore em termos produtivos – castanha, madeira e outros frutos – como o seu papel nos meios urbanos, com árvores ornamentais. Todas elas são importantes para a sociedade e para o desenvolvimento sustentável do nosso país, em termos económicos, ambientais e sociais”, refere-se num comunicado da UNAC, que organiza o concurso em Portugal.
A vencedora da competição nacional representará o país no concurso europeu. Organizada pela Associação de Parceria Ambiental (EPA), essa competição é composta por vencedores dos diferentes concursos nacionais.
Portugal tem vindo a ficar em lugares de destaque na competição europeia. Antes, em 2018, o Sobreiro Assobiador da aldeia de Águas de Moura (no concelho de Palmela) ficou em primeiro lugar no concurso europeu. Em 2019, a Azinheira Secular do Monte do Barbeiro, localizada a sete quilómetros da aldeia de Alcaria Ruiva, no concelho de Mértola, obteve o terceiro lugar. Já em 2020 o castanheiro de Vales, em Tresminas, no concelho de Vila Pouca de Aguiar, conseguiu o sexto lugar no concurso europeu. Em 2021, o plátano do Rossio de Portalegre ficou em quarto lugar. E, em 2022, um sobreiro de Arraiolos conseguiu o terceiro lugar.