Einstein on the Beach, ou o regresso das planuras
A Gulbenkian recebeu uma recriação muito bem interpretada desta icónica ópera, mas que deixa algumas dúvidas sobre a possibilidade de a refazer com sentido em versão de concerto.
Einstein on the Beach, ópera que resultou da colaboração de Robert Wilson com Philip Glass e que foi estreada em 1976 no Festival de Avignon, é um marco da criação operática da segunda metade do século XX. Encontro do “minimalismo” visual e cénico de Wilson com o minimalismo musical de Glass, é hoje, passados 46 anos, uma relíquia. A sua recriação numa versão de concerto como a que a Fundação Calouste Gulbenkian apresentou no sábado levanta, porém, problemas vários. O primeiro deles é o desaparecimento da proposta visual e cénica de Bob Wilson, abstracta e arquitectada com um grande rigor formal, que colocava a música numa outra dimensão.
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