Marrocos supera favorita Bélgica
Num duelo muito equilibrado, a ineficácia belga foi gritante e castigada com dois golos que colocam Marrocos (ainda que temporariamente) no primeiro lugar do Grupo F.
Portugal em 1986, Escócia em 1998 e Bélgica em 2022 – são estas todas as equipas às quais Marrocos já venceu em Mundiais, sendo que o triunfo mais recente, neste domingo, coloca a selecção africana em posição privilegiada para atingir os oitavos-de-final da competição.
O jogo teve uma entrada forte dos belgas e logo com uma boa chance para inaugurar o marcador aos cinco minutos: Batshuayi foi lançado em profundidade por Thorgan Hazard e rematou com perigo, para defesa de El Kajoui (que começou de início “à pressa”, já que Bono, o designado guardião titular, ainda cantou o hino com a equipa, mas acabou por não participar na partida).
Nos primeiros minutos do duelo, Marrocos não saiu do seu meio-campo, tendo a Bélgica sido incapaz de capitalizar o seu domínio com um golo.
A equipa africana conseguiu arriscar um pouco com o passar dos minutos, mas não materializou as suas intenções.
Ao contrário dos outros cinco jogos sem golos neste Mundial, as duas equipas conseguiam assustar as defesas adversárias, só que a definição do último passe não era a melhor, o que resultou numa primeira parte tranquila para ambos os guarda-redes.
Em cima do intervalo, Ziyech ainda introduziu a bola na baliza de Courtois (num livre lateral muito bem batido), mas o golo foi anulado por fora-de-jogo de Saiss, que interferiu na jogada.
Aos 52 minutos, Batshuayi (o mais lúcido dos belgas) colocou em Eden Hazard de calcanhar, que driblou um defesa e rematou com perigo à baliza, mas a bola foi defendida por El Kajoui.
Marrocos respondeu cinco minutos depois, quando o fantasista Boufal rematou com perigo, com a bola a passar perto do poste.
Com o passar dos minutos, o jogo ficou muito pausado, as duas equipas encaixaram-se uma na outra e houve muitas perdas de bola e passes falhados de parte a parte. A Bélgica em particular deixava algo a desejar, tendo poucas combinações ofensivas e uma circulação de bola lenta.
E aos 73 minutos, num lance semelhante ao golo anulado a Ziyech, Sabiri (que entrara cinco minutos antes) marcou um golo de belo efeito; Courtois não ficou isento de culpas, mas também pareceu não ver a bola partir.
A perder, a Bélgica continuava sem conseguir criar perigo nenhum e, já nos descontos, Marrocos dobrou a vantagem: Ziyech invadiu a área e passou para Aboukhlal, que fuzilou a baliza belga. Esta foi uma vitória merecida para Marrocos e colocou em evidência todas as fragilidades da Bélgica.
Texto revisto por Jorge Miguel Matias