Kanye West anuncia candidatura à Presidência dos EUA em 2024
Para a corrida presidencial de 2024, o rapper sugeriu que terá ao seu lado o comentador de extrema-direita Milo Yiannopoulos. E terá pedido a Trump para ser seu vice-Presidente.
O músico norte-americano Kanye West anunciou esta quinta-feira que se vai candidatar à Casa Branca nas eleições de 2024. West, que mudou legalmente o nome para Ye em Outubro do ano passado, publicou vários vídeos com o logótipo da sua campanha nas redes sociais, juntamente com a legenda Ye24.
Num dos vídeos, o músico diz ter pedido a Donald Trump, que também já anunciou a sua candidatura, para ser seu vice-Presidente. “Eu pedi-lhe para ser meu vice-Presidente... acho que isso foi uma das coisas que menos o surpreendeu. Acho que o que o apanhou desprevenido foi o facto de eu ter entrado e mostrado inteligência”, diz West.
Para a corrida presidencial de 2024, o rapper sugeriu que terá ao seu lado o comentador de extrema-direita e devoto apoiante de Trump Milo Yiannopoulos, que será o gestor da campanha.
Em 2017, o teor das afirmações do polémico colunista britânico em relação à normalização e aceitação do abuso de menores custaram-lhe um negócio milionário com uma editora, levando-o a apresentar a demissão do Breitbart News, onde era editor. Foi, ainda, alvo de críticas da ala mais conservadora da política norte-americana, que até ali tinha dado carta branca às posições discriminatórias do editor do site Breitbart News sob o pretexto da liberdade de expressão.
Artista envolvido em polémica
Kanye West já foi candidato às presidenciais em 2020, mas por ter anunciado a sua campanha fora do prazo permitido, acabou por aparecer listado como candidato em apenas 12 dos 50 estados norte-americanos. No fim, atraiu cerca de 70 mil votos dos eleitores norte-americanos.
O músico anunciou a sua candidatura à Casa Branca nas eleições de 2024 numa altura em que está envolvido em várias polémicas. Em Outubro, a Adidas pôs um ponto final na parceria multimilionária com Ye, na sequência dos contínuos comentários racistas feitos pelo artista.
As reacções aos comentários anti-semitas e ofensivos do artista custaram-lhe quase todo o império. Nas semanas antes de Ye perder o negócio com a Adidas — avaliado pela revista Forbes em torno de 220 milhões de euros por ano por si só — várias empresas, incluindo a casa de moda Balenciaga, a Gap, a JP Morgan Chase, a agência de talentos CAA, o financiador e produtor MRC de Hollywood, terminaram as suas parcerias com o artista.
Na Semana da Moda de Paris, que arrancou no fim de Setembro, West apareceu com uma camisola em cujas costas se podia ler White Lives Matter (WLM), o slogan nascido em 2015 como resposta ao movimento Black Lives Matter (BLM) e, entretanto, adoptado por grupos supremacistas brancos, incluindo o Ku Klux Klan, organização considerada terrorista.