ONU aprova missão de inquérito para pôr fim à “impunidade estrutural” do Irão

Face à “violência brutal e tirania de Estado”, Conselho dos Direitos Humanos da ONU lança investigação aos crimes do regime iraniano. “Devemos isso às vítimas”, disse a chefe da diplomacia alemã.

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Centenas de iranianos esperaram pelo fim da sessão diante da sede das Nações Unidas, em Genebra MARTIAL TREZZINI/EPA
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A ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, foi à Suíça pedir aos países membros que centrem esforços no apoio aos que defendem os seus direitos “com coragem e dignidade" MARTIAL TREZZINI/EPA

“Manifestantes feridos com medo de irem ao hospital e serem detidos”, “crianças suspeitas de participarem em protestos detidas nas escolas”, “crianças mortas”, “mulheres espancadas nas ruas”, “desaparecidos”, enumerou o alto-comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Türk, na sessão dedicada à repressão com que o Irão respondeu à vaga de protestos que desde 16 de Setembro se espalharam pelo país. “Tortura” e “abusos sexuais”, famílias de vítimas “obrigadas a fazer falsas declarações, afirmando que os filhos se suicidaram”, acrescentou Javaid Rehman, relator especial para os direitos humanos no Irão.

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