Astronautas vão viver e trabalhar na Lua ainda nesta década, diz NASA
Howard Hu, membro da NASA, revelou que os seres humanos poderão ter uma vida activa na Lua antes de 2030.
Os astronautas estarão a viver e a trabalhar na Lua antes do final desta década, de acordo com um membro da NASA. Howard Hu, director do programa aeroespacial Orion da agência norte-americana, revelou que os seres humanos poderão ter uma vida activa na Lua antes de 2030, com instalações para viverem e equipamentos para apoiar o seu trabalho.
“Certamente, nesta década, teremos pessoas a viver por períodos de tempo [na Lua]. Terão habitats e rovers no solo”, disse Howard Hu em entrevista ao programa da BBC Sunday with Laura Kuenssberg. “Vamos enviar pessoas para a superfície [lunar] e elas vão viver nessa superfície e fazer ciência”, acrescentou.
Howard Hu prestou estas declarações numa altura em que a Ártemis I avança em direcção à Lua na sua primeira missão não-tripulada. O foguetão foi lançado, na quarta-feira, a partir de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA), após uma série de atrasos devido a falhas técnicas e furacões, e encontra-se agora a cerca de 134.000 quilómetros de distância da Lua, segundo o diário britânico The Guardian.
“É o primeiro passo que estamos a dar para a exploração do Espaço profundo a longo prazo, não apenas para os Estados Unidos, mas para o mundo. Acho que este é um dia histórico para a NASA, mas também é um dia histórico para todas as pessoas que amam o voo espacial humano e a exploração espacial”, afirmou Howard Hu.
“Estamos a voltar à Lua. Estamos a trabalhar num programa sustentável e este é o veículo que vai transportar as pessoas que nos permitirão aterrar novamente na Lua”, acrescentou.
Uma missão bem-sucedida abrirá caminho para as missões seguintes Ártemis II e III. Espera-se que a missão Ártemis III, que poderá não ser lançada até 2026, permita que os seres humanos regressem à superfície lunar pela primeira vez desde a Apolo 17, em Dezembro de 1972.
O programa Ártemis tem também como objectivo a construção do Lunar Gateway, uma estação espacial onde os astronautas poderão viver e trabalhar enquanto orbitam a Lua.
“O passo seguinte é realmente Marte”, destacou Howard Hu à BBC. “Esse é um trampolim maior, uma jornada de dois anos, pelo que será muito importante compreender [o que existe] além da órbita da Terra”, concluiu.