Desabar do sonho: os jogadores que vão falhar o Mundial por lesão

A França tem sido uma selecção particularmente afectada pelas lesões, mas está longe de ser a única.

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Diogo Jota Reuters/PEDRO NUNES

O calendário congestionado do futebol actual leva os futebolistas a jogarem com uma frequência maior e um tempo de descanso menor do que nunca. Isso tem um preço físico e propicia o aparecimento mais frequente de lesões. O PÚBLICO fez um levantamento dos principais ausentes por lesão no Qatar 2022.

Diogo Jota (Portugal)

Começando por Portugal, o grande ausente é Diogo Jota. O avançado do Liverpool tem sido habitual titular da selecção (pela qual tem 10 golos em 29 internacionalizações) e seria um óbvio candidato a ocupar esse lugar no Mundial. No entanto, Jota começou esta época lesionado na coxa, regressou, fez 10 jogos e depois lesionou-se com gravidade nos gémeos, em Outubro, o que o afastou do Mundial - também de fora ficou Pedro Neto (Wolverhampton). E não escondeu a sua desilusão nas redes sociais: “Um dos meus sonhos colapsou”.

Kanté e Pogba (França)

A França, actual campeã mundial, tem quatro baixas importantes. Primeiro, não poderá contar com um duo no meio-campo que foi determinante para a conquista do Mundial há quatro anos: N’Golo Kanté e Paul Pogba.

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O primeiro lesionou-se em Agosto numa coxa, tendo sido operado em Outubro. Segundo o Chelsea (clube que representa desde 2016), a sua recuperação ainda demorará três meses até estar concluída. Já Pogba sofreu uma lesão na pré-época, num joelho, voltou aos treinos na Juventus em Outubro, mas um novo problema físico retirou-o do Mundial.

Para além desta dupla, Christopher Nkunku (RB Leipzig) lesionou-se num joelho já quando estava com a selecção a preparar o Mundial e também falhará a competição (na qual será substituído por Kolo Muani, do Eintracht Frankfurt), assim como o central Kimpembe (Paris Saint-Germain), que não recuperou de duas lesões já sofridas esta época - Axel Disasi (AS Mónaco) será o seu substituto.

Werner e Reus (Alemanha)

Tal como a França, a Alemanha é uma crónica candidata à conquista do Mundial, mas terá que o enfrentar sem duas peças importantes do ataque.

Primeiro, Timo Werner (RB Leipzig) teve uma rotura num ligamento do tornozelo esquerdo no início de Novembro. Com nove golos nesta época, o versátil avançado é uma baixa importante.

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A outra é Marco Reus (Borussia Dortmund); o criativo médio ofensivo teve uma lesão, seguida de uma recaída, o que o impedirá de jogar no Mundial. O alemão de 33 anos falha assim a sua terceira fase final de uma competição internacional devido a problemas físicos, depois do Mundial 2014 e do Euro 2016.

Chilwell e James (Inglaterra)

A Inglaterra também é uma selecção afectada, nomeadamente nas alas, devido às lesões de Ben Chilwell e Reece James (ambos do Chelsea). O primeiro já falhara nove meses da época anterior por ter rompido um ligamento do joelho; depois de regressar nesta época, lesionou-se na coxa e falhará, por isso, o Mundial.

Já James lesionou-se no joelho em Outubro e só terminará a sua recuperação em Dezembro. Nas suas redes sociais, o lateral direito do Chelsea revelou estar devastado com a notícia: “Trabalhei mais do que alguma vez pensei para dar a mim próprio a melhor oportunidade de ir”.

Amine Harit (Marrocos)

A baixa para o Mundial mais recentemente confirmada foi a de Amine Harit (Marrocos). O médio ofensivo do Olympique de Marselha (que marcou um golo ao Sporting esta época, na Champions League) lesionou-se no ligamento cruzado do joelho esquerdo no último jogo pelo clube e foi substituído por Anass Zaroury (que se estreia em convocatórias).

Jesús Corona (México)

Na selecção mexicana, uma cara conhecia do futebol português também não estará no Mundial: Jesús Corona, que jogou por mais de seis anos no FC Porto, sofreu a mesma lesão que Werner no início da época e não recuperou a tempo de viajar para o Qatar.

Texto editado por Nuno Sousa

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