Cresce a escalada de críticas aos atrasos do Metro do Porto

PSD exige que o Governo e a Metro do Porto introduzam “medidas mitigadoras dos constrangimentos” provocados pelas obras do metro.

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Obras da Linha Rosa do metro do Porto estão com "excessivos atrasos" Adriano Miranda

Menos de uma semana depois de o presidente da Câmara do Porto ter criticado a empresa Metro do Porto por causa dos “excessivos atrasos” nas obras da Linha Rosa, que ligará a Casa da Música a Santo Ovídio, em Vila Nova de Gaia, o PSD junta-se ao protesto de Rui Moreira e exige ao Governo e à MP que introduzam medidas mitigadoras dos constrangimentos provocadas pelas várias frentes de obra do metro.

Mostrando “incompreensão pela forma como o Governo e a Metro do Porto impuseram a construção da nova ponte sobre o rio Douro, sua localização na zona da Arrábida e inserção na malha urbana da cidade, sem ouvir o Porto e os seus representantes e sem terem sido estudadas outras soluções”, a concelhia do PSD-Porto mostra-se preocupada com os “impactos que as futuras obras da Linha Ruby (nova ponte/estação no Campo Alegre/ligação à estação da Casa da Música) e da obra para a instalação da Linha BRT [metrobus] na Avenida da Boavista/Praça do Império/Castelo do Queijo vão ter na cidade”.

No comunicado divulgado nesta terça-feira, os sociais-democratas do Porto mostram-se apreensivos relativamente aos “atrasos da obra em curso da Linha Rosa (estações casa da Música, Galiza, Hospital de Santo António/Aliados), que em muitas zonas já levam mais de meio ano de atraso (…)” e afirmam ter dúvidas quanto à forma como a “Metro do Porto tem gerido a comunicação da obra na Linha Rosa, em particular com o município do Porto e demais entidades com responsabilidade na mobilidade e transportes”.

Segundo a estrutura concelhia do PSD-Porto, “torna-se absolutamente imperioso que o Governo e a Metro do Porto tomem medidas mitigadoras dos constrangimentos que já se sentem (…), com danos evidentes na qualidade de vida dos portuenses (…), entre as quais destacamos a possibilidade de serem introduzidas alterações nas portagens das auto-estradas que circundam a cidade, que reduzam os fluxos de atravessamentos do Porto; e reforcem a informação junto dos cidadãos; e melhorem a comunicação de sinalização das obras em curso”.

Numa carta que escreveu a Tiago Braga, o presidente do conselho de administração da Metro do Porto, Rui Moreira manifesta preocupação com o “impacto profundamente negativo gerado pela empreitada da construção da nova linha do metro” e realça as “implicações graves no escoamento do tráfego da cidade e, por consequência, na circulação dos transportes públicos.” Diz que a “duração e a dimensão da empreitada obrigam a uma interacção estreita e a um diálogo contínuo entre a Metro do Porto, enquanto dono da obra, e o município do Porto, enquanto entidade responsável pelo governo da cidade.”

O presidente da Metro do Porto mantém-se em silêncio relativamente às críticas de Rui Moreira e também não respondeu aos deputados municipais que estiveram reunidos com a administração da empresa, que remete esclarecimento para resposta a carta enviada há dias por Rui Moreira sobre o assunto. A Assembleia Municipal do Porto quer a câmara envolvida na expansão do metro.

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