Mais de dois mil médicos de família estão fora do SNS. Mil bastavam para pôr fim a carências

Ex-ministro Correia de Campos diz que permitir que os privados constituíssem USF modelo C seria “cuspir na universalidade” do Serviço Nacional de Saúde.

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Em Outubro, havia 1,3 milhões de portugueses sem médico de família atribuído nos centros de saúde Paulo Pimenta

Há mais de dois mil médicos de família fora do Serviço Nacional de Saúde (SNS) e bastaria que metade tivessem optado por ficar nos centros de saúde para que os 1,3 milhões de portugueses a descoberto, como se diz na gíria, vissem o seu problema resolvido. As contas são feitas pelo presidente da Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), Nuno Jacinto, que desvaloriza a recente polémica sobre as unidades de saúde familiar (USF) de modelo C, uma sigla incompreensível para a maior parte dos cidadãos e que gerou controvérsia, mas que, a ser adoptada nos moldes anunciados, apenas serviria para dar resposta temporária a carências muito localizadas.

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