Mia Hansen-Løve, o cinema é a vida reinventada no ecrã
Uma das mais consistentes e coerentes cineastas francesas regressa à sua melhor forma com Uma Bela Manhã, tocante melodrama sobre uma mulher apanhada entre uma nova paixão
Não há muitos nomes no cinema contemporâneo como a francesa Mia Hansen-Løve (Paris, 1981), que, ao longo de oito longas-metragens, construiu já uma obra reconhecivelmente própria. Os seus filmes reivindicam um classicismo discreto mas comovente, que nos remete para um certo cinema francês dos anos 1960 e 1970 e para realizadores como Claude Sautet ou François Truffaut. E, à imagem do que Truffaut fez com o alter ego Antoine Doinel, também Hansen-Løve polvilha a sua obra de uma biografia pessoal transfigurada, auto-retratos por interposta personagem.
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