Wakanda para Sempre: a rebelião não é aqui

Muda a demografia dos super-heróis mas não muda a tentação fascista desse mundo.

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Black Panther: Wakanda Para Sempre segue a 100% uma lógica de “episódio do meio” de um franchise. São duas horas e meia de reposicionamento e transição entre o primeiro episódio (o Black Panther original estreou em 2018) e um terceiro tomo ainda por vir, e onde as “coisas” vão finalmente acontecer. Isto também significa que 75% das cenas assentam em diálogos explicativos, 20% em demonstrações pirotécnicas e sobram uns 5% em que se dá descanso ao espectador, convidando-o apenas a contemplar movimentos, composições visuais, formas e cores (e se muito se poderia escrever sobre a ambivalência que suscita esta interpretação “Hollywood chic” do “exotismo” africano, também são esses breves momentos que lembram que Ryan Coogler era um cineasta decente antes de se vender por este panelão de lentilhas).

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