O amor é… Bem, o amor, na verdade – se porventura se pode falar em verdade em relação a ele e às suas variadas declinações –, o amor é um sentimento, por vezes também uma realidade, doce e exaltante e ardiloso, ocasionalmente sacrificial, sereno tanto como tempestuoso ou, para atalhar caminho, o amor é atraente e assustador como algo que simultaneamente se deseja e se teme e incessantemente se procura, às vezes contra toda a racionalidade e bom senso. Há outros amores, que não cabem neste parágrafo, claro, mas esses não são os que interessam ao criador de Amore, que procura na poesia e na música e no movimento a sensação de plenitude romântica e eventualmente utópica que, como muitos de nós, provavelmente já alguma vez viveu e deseja reencontrar na vida e recuperar para a alma.