Situação de seca desagravou-se em Outubro, em área e intensidade

Novo boletim do IPMA diz que, no final de Outubro, quase 62% do território estava em situação de seca. No final de Setembro, era o país todo.

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Outubro foi, ao mesmo tempo, um mês de calor e chuva em Portugal Paulo Pimenta

A situação de seca meteorológica desagravou-se em Portugal continental durante o mês de Outubro, com menos área afectada e menor intensidade, segundo o último boletim climatológico do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).

No final de Outubro, 61,9% do território estava em situação de seca, entre as classes fraca (34,3%), moderada (17,9%) e severa (9,7%). Em situação normal estava 29,1% do território, com 9% em chuva fraca. Todo o país estava em situação de seca no final de Setembro.

De acordo com o boletim, que se encontra disponível no site do IPMA, no final do mês passado já não havia seca meteorológica na região Noroeste e em grande parte da região Centro, “após nove a dez meses nessa situação”.

Baixo Alentejo e sotavento algarvio ainda em seca severa

A seca meteorológica mantém-se no interior Norte (distritos de Bragança e Vila Real) e em parte da região Centro (a sul de Coimbra), que se encontram na classe de seca fraca. O Alentejo e o Algarve também continuam em seca meteorológica, mas com diminuição da sua intensidade, estando agora na classe de seca moderada. Na classificação de seca severa mantêm-se ainda uma faixa interior do Baixo Alentejo e o sotavento algarvio.

De acordo com o IPMA, o mês de Outubro em Portugal continental foi, ao mesmo tempo, muito quente e chuvoso. O valor médio da temperatura média do ar foi de 18,73 graus Celsius. Um valor 2,53 graus superior ao normal, que fez deste Outubro o quinto mais quente dos últimos 92 anos.

A precipitação total do mês foi de 121,2 milímetros, o que corresponde a 123% do valor normal para a altura do ano.

O boletim do IPMA indica também que, em quase todo o território, houve um aumento significativo da percentagem de água no solo, particularmente na região Noroeste, no litoral Centro e em alguns locais da Beira Baixa. No entanto, no interior Norte e ainda nas regiões do Alentejo e Algarve ainda há locais com “valores inferiores a 20%”.

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