Descobertas dezenas de estátuas de bronze com mais de dois mil anos

Estátuas de bronze encontradas na Itália remontam ao período entre o século II a.C. e o século I d.C e representam várias divindades greco-romanas.

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As estátuas estiveram protegidas pelas águas quentes e enlameadas da estância termal na Toscana por mais de 2000 anos JACOPO TABOLLI/Universita per Stranieri di Siena/HANDOUT/EPA
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Estátuas de bronze foram encontradas na Toscana JACOPO TABOLLI/Universita per Stranieri di Siena/HANDOUT/EPA
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Estátuas de bronze foram encontradas na Toscana JACOPO TABOLLI / Universita per Stranieri di Siena / HANDOUT/EPA
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Estátuas de bronze foram encontradas na Toscana JACOPO TABOLLI/Universita per Stranieri di Siena/HANDOUT/EPA

Uma equipa de arqueólogos em Itália encontrou mais de 20 de estátuas de bronze preservadas que remontam à época dos Romanos. As estátuas foram encontradas numa estância termal na Toscana, naquilo que os especialistas destacam como “uma descoberta sensacional”.

As estátuas foram descobertas em San Casciano de Bagni, uma cidade na província de Siena (Itália), cerca de 160 quilómetros a norte de Roma, onde os arqueólogos têm explorado, desde 2019, as ruínas enlameadas de uma antiga casa de banhos.

“É muito significativo, é uma descoberta excepcional”, diz Jacopo Tabolli, professor na Universidade para Estrangeiros em Siena e coordenador da escavação.

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Estátuas foram encontradas em estância termal na Toscana (Itália) Ministério da Cultura de Itália

Massimo Osanna, director-geral dos museus italianos, apelida esta como uma das descobertas mais memoráveis “da história do Mediterrâneo antigo” e como uma das mais importantes desde os Bronzes de Riace, um par de estátuas gigantes de guerreiros da Grécia Antiga que foi retirado do fundo do mar em 1972.

Tabolli aponta que as estátuas costumavam adornar um santuário antes de ficarem imersas nas águas termais, numa espécie de ritual, “provavelmente por volta do século I”. Estas estátuas representam Hígia, Apolo e outras divindades greco-romanas.

“Oferecemos as estátuas à água com a esperança de que a água desse algo de volta”, explica Tabolli, acerca do ritual.

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As estátuas estão agora a ser restauradas para depois serem colocados num novo museu Ministério da Cultura de Itália

Período de conflito

A maioria das estátuas foram construídas entre o século II a.C. e o século I d.C., um período de “grande transformação da antiga Toscana”, já que mudou do governo etrusco para o governo romano, referiu Massimo Osanna.

Foi um “período de grandes conflitos” e de “osmose cultural”, no qual o santuário de San Casciano representava um “refúgio multicultural e multilinguístico único, rodeado por instabilidade política e guerra”, adiantou o director-geral dos museus.

As estátuas estavam cobertas por quase 6000 moedas de bronze, prata e ouro. Tabolli nota que as águas quentes e enlameadas de San Casciano ajudaram a preservar as estátuas “quase como no dia em que foram afogadas”.

O arqueólogo explica que a equipa recuperou 24 estátuas grandes, além de várias estatuetas mais pequenas, acrescentando que é pouco comum que estas estátuas sejam constituídas por bronze, em vez de terracota.

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Governo italiano prometeu construção de novo museu na cidade onde foram encontradas as estátuas de bronze Ministério da Cultura de Itália

Tabolli diz que isto sugere que estas estátuas surgiram do que é apelidado de povoação de elite, onde os arqueólogos encontraram ainda “inscrições maravilhosas em etrusco e latim”, com menções aos nomes de famílias locais poderosas.

De acordo com o ministro da Cultura, Gennaro Sangiuliano, a “descoberta excepcional confirma uma vez mais que a Itália é um país de tesouros imensos e únicos”.

O ministro aponta que as estátuas foram levadas para um laboratório de restauro na cidade de Grosseto, mas serão eventualmente colocados em exposição num novo museu a ser construído em San Casciano.

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Local de escavação, na província de Siena (Itália) Ministério da Cultura de Itália